Em Meio Às Tratativas para Fusão, Prejuízo da Gol Cresce Quatro Vezes e Vai a R$ 5,1 Bi no Quarto Trimestre

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A companhia aérea Gol anunciou nesta sexta-feira (28) que teve prejuízo líquido de R$5,1 bilhões no quarto trimestre, ampliando em cerca de quatro vezes e meia o resultado negativo de um ano antes.

A empresa, que está em recuperação judicial nos Estados Unidos, apurou um desempenho operacional medido pelo Ebitda negativo em R$443 milhões, revertendo resultado positivo de 1,6 bilhões apurado no quarto trimestre de 2023. A margem, que era positiva em 32% no final de 2023, terminou 2024 negativa em 8%.

A piora nos números veio em parte com o peso da valorização do dólar contra o real no final do ano passado, que fez a linha de despesas financeiras crescer de R$2,05 bilhões no quarto trimestre de 2023 para R$5,54 bilhões nos três meses encerrados em dezembro passado.

Analistas do BTG Pactual liderados por Lucas Marquiori, que têm uma recomendação de “venda” para as ações da Gol, afirmaram em relatório a clientes nesta sexta-feira que os resultados da empresa foram “fracos”, com números “poluídos por efeitos do processo de recuperação judicial”.

Às 11h23, as ações da Gol exibiam queda de 1,4%, cotadas a R$1,44. Os papéis não integram o Ibovespa, que no horário mostrava baixa de 1%. A rival Azul recuava 3,14%, cotada a R$3,39.

A companhia teve crescimento na receita líquida de 9,5%, a R$5,52 bilhões, mas os custos e despesas operacionais dispararam quase 69% no período, a R$6,5 bilhões, pressionados por salto de 96% na linha de prestação de serviços, enquanto material de manutenção e reparo teve um incremento de 39%.

A Gol também anunciou projeções para este ano, estimando ter receita líquida de entre R$22,1 bilhões e R$22,7 bilhões após um faturamento de R$19,1 bilhões em 2024.

A expectativa para o Ebitda recorrente é de entre R$5,7 bilhões e R$5,9 bilhões, acima dos R$5,26 bilhões do ano passado, quando a margem da empresa foi de 27,5%.

A Gol terminou 2024 um caixa de R$2,5 bilhões, acima dos R$783 milhões de um ano antes. Mas a dívida líquida da empresa cresceu 67,5%, para R$32,2 bilhões, com a alavancagem do grupo avançando de 3,8 para 6,1 vezes quando medida pela relação entre dívida líquida sobre Ebitda recorrente.

A companhia aérea, que está tentando uma fusão com a rival Azul, tinha ao final do ano passado uma frota de 138 aviões ante 141 aeronaves em 2023.

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