Confirmado. Não vai ter CPI da merenda escolar

Era o esperado. Foi rejeitado o recurso dos vereadores Adriano Pereira (PT) e Jean Volpato (PT) ao ato da presidência da Câmara que, com base no parecer da CCJ, devolveu aos autores para reformulação o requerimento de CPI para investigar os contratos da merenda escolar.

Com seis assinaturas, uma a mais que o necessário, o pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito avançou, mas a Procuradoria Jurídica entendeu que a CPI não poderia investigar mais de um contrato, de administrações diferentes, apesar do objeto ser o mesmo, a merenda escolar. Alegou que não havia um objetivo definido.

Na sessão desta quinta-feira, 27, foi votado em plenário um projeto de resolução para rejeitar o recurso. E deu nove votos pela rejeição e três pela aprovação – além dos vereadores do PT, Professor Gilson, do União, votou pela CPI.

“Acho muito ruim esta Câmara não fazer o seu papel”, lamentou Jean Volpato.

“Nós estamos com a consciência tranquila, tentamos cumprir nosso papel de fiscalizador”, afirmou Adriano Pereira.

O vereador Flávio Linhares (PL) – com apupos de “líder do governo”, feitos por colegas – cumpriu um papel que não precisava, mas fez. Se contrapôs ao PT e ganhou pontos com a administração.

“Acabar de vez com este palanque político montado aqui, um governo que começou agora, um contrato recém-assinado, como vai ser investigado”, questionou Linhares, lembrando que o requerimento de CPI poderia ter sido alterado para se adequar ao parecer jurídico da Casa.

Bruno Cunha (Cidadania) também se manifestou. Disse que a narrativa criada foi distorcer informações, mas lembrou que é advogado e professor do curso de direito, para justificar sua posição contrária.

“Fatores políticos preponderaram sobre questões técnicas”, afirmou.

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