Floripa é uma cidade de muitas tribos, e de tribos dentro de tribos

Quebramos todas as ondas. Ondas de fumaça também – Foto: Paulo Dutra

Floripa é uma cidade de muitas tribos, e de tribos dentro de tribos. Explico. Do surf e do skate, do futebol do Avaí e do Figueirense, da luta do jiu-jitsu e a do muay thai, do beach tênis e a do frescobol, da maromba e do crossfit, da Lagoa, do Campeche e Rio Tavares, da festa, os drogados, os caretas.  E as festas. que uma tribo vai pra não ir nas outras. só de pirraça.  Dentro dos “Bocaiúvers”, por exemplo, aqueles apaniguados que moram na Beira Mar, tem pessoas finíssimas, descoladas, mas tem os que são verdadeiros babacas. E a tribo mais nova que frequenta a Hercílio Luz? A noite mais autêntica da Ilha. Aliás, quem diz que o centro está morto nunca passou na Hercílio Luz nas sextas e sábados. Bombando.  Aquela tribo fuma vape, estuda na UFSC, são bi sem grilos e as mulheres é que mandam. Mas imagino que tenha suas divisões também. São o oposto de Jurerê In, cada vez mais desprovida de romance. E todas essas tribos, ainda que antagônicas, têm sua razão de ser, assim como suas dissidências.

Na minha época tinha a turma do kioski, a da Vidal (alto e baixo), a de Coqueiros, a raça da Joaca… Hoje são centenas. Para os que dizem que a melhor época de Floripa já passou, lembro das palavras de um sábio conselheiro amigo meu: não é a época que era boa, nós é que éramos jovens.

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