Papa pede união nos esforços para desarmar a Terra: guerra é absurda

Em carta ao diretor do jornal italiano Corriere della Sera, Francisco afirma que a diplomacia e as organizações internacionais precisam de nova força vital

Da redação, com Vatican News

Palestinos fogem de suas casas, após ataques israelenses em Beit Lahiya, no norte da Faixa de Gaza /Foto: REUTERS/ Abd Elhkeem Khaled

“A guerra parece ainda mais absurda”. Foi o que escreveu o Papa Francisco em uma carta publicada nesta terça-feira, 18, datada de sexta-feira passada, 14. O texto foi enviado ao diretor do jornal italiano Corriere della Sera, Luciano Fontana, em resposta a uma mensagem de proximidade deixada pelo jornalista ao Pontífice neste momento de doença. Fontana pedia ao Santo Padre que reiterasse um apelo pela paz e pelo desarmamento nas colunas do jornal diário milanês. Francisco agradeceu o diretor do jornal italiano pelas palavras de proximidade neste momento de doença.

Em seu texto, o Papa observou que a fragilidade humana tem o poder de tornar as pessoas mais lúcidas em relação ao que dura e ao que passa, ao que faz viver e ao que mata. “Talvez seja por isso que, com tanta frequência, tendemos a negar os limites e a evitar pessoas frágeis e feridas: elas têm o poder de questionar a direção que escolhemos, como indivíduos e como comunidade”, refletiu.

Importância as palavras

Francisco manifestou seu desejo de encorajar o diretor do jornal italiano e todos aqueles que dedicam trabalho e inteligência para informar, através de instrumentos de comunicação, a sentirem toda a importância das palavras. “Elas nunca são apenas palavras: são fatos que constroem os ambientes humanos. Elas podem conectar ou dividir, servir a verdade ou se servir dela. Precisamos desarmar as palavras para desarmar as mentes e desarmar a Terra. Há uma grande necessidade de reflexão, de calma, de um senso de complexidade”, reiterou.

Enquanto a guerra apenas devasta as comunidades e o meio ambiente, sem oferecer soluções para os conflitos, o Santo Padre ressaltou que a diplomacia e as organizações internacionais precisam de nova força vital e credibilidade. As religiões, acrescentou, podem se valer da espiritualidade dos povos para reacender o desejo da fraternidade e da justiça, a esperança de paz.

“Tudo isso exige comprometimento, trabalho, silêncio e palavras. Sintamo-nos unidos nesse esforço, que a Graça celeste não deixará de inspirar e acompanhar”, concluiu.

O post Papa pede união nos esforços para desarmar a Terra: guerra é absurda apareceu primeiro em Notícias.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.