Negócio do Brasil é Ser Exportador Global de Carne Bovina

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O Brasil é o segundo maior produtor de carne bovina do mundo, o maior exportador, e em 2024 importou apenas 0,8% daquilo que consumiu internamente. Do volume importado, menos de 1%, 96% vem do próprio Mercosul, sendo o Paraguai, Uruguai e Argentino os maiores fornecedores.

O restante fica a cargo da carne australiana e um 0,02% é a carne de wagyu importada diretamente do Japão. Em sua maior parte, a carne importada que entra no Brasil é tida como de qualidade premium, fruto da importação estimulada pela população de alta renda que busca experiências gastronômicas através de cortes como a entranha uruguaia ou chorizo argentino.

Prova disso é que o preço da tonelada importada pelo Brasil é mais de 20% mais alto do que a carne que exportamos a depender aí do mercado. Um fato importante é que o Brasil já possui um acordo de livre comércio que leva à isenção de taxas para comercialização que ocorre dentro dos países que compõem o Mercosul. Isso indica que as negociações com o bloco, que são a maior parte do que importamos, já são isentas das tarifas de importação pelo próprio acordo.

Considerando que o Brasil possui a arroba mais barata do mundo e que vende em uma média ponderada pelo volume dos principais exportadores globais, 14% abaixo dos seus concorrentes, fica claro que somos autossuficientes na produção e abastecimento de carne bovina, gerando inclusive o enorme excedente que é enviado ao mercado internacional.

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Nós somos autossuficientes na produção de carne bovina e o Brasil possui é um grave problema de renda e não de produção. A cesta básica brasileira em dólares é a 22ª mais barata do mundo, mas o número de cestas básicas que o brasileiro compra com salário mínimo é o 52º lugar dentre 65 economias analisadas.

Definitivamente a carne brasileira não é cara, ela é muito competitiva, o brasileiro come menos carne do que gostaria porque o seu poder de compra relativo à cesta básica está entre os mais baixos do mundo e porque a inflação o reduz ainda mais. É excelente que se busque reduzir a pressão dos impostos sobre o preço do que consumimos, mas muito provavelmente a isenção da importação de produtos cuja produção global nós brasileiros dominamos não será o caminho.

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