O provável primeiro líder do Governo Egidio Ferrari na Câmara de Blumenau

Ao começar a sessão da última quinta-feira na Câmara de Blumenau, nos bastidores, alguns vereadores já sabiam que a Prefeitura ia tentar votar o projeto com mudanças no Issblu, mas a dúvida era sobre qual vereador iria solicitar o regime urgente urgentíssimo para que a proposta entrasse na pauta e tramitasse em apenas uma sessão.

Afinal, até agora a administração Egidio Ferrari (PL) não tem um líder de Governo e, sem entrar no mérito da proposta, poucos parlamentares estariam dispostos a dar a cara para bater e pedir para mudar o rito do projeto.

Mas Almir Vieira (PP) não. Lá pelas tantas, pediu um “pela ordem, presidente” e apresentou a proposta de conversão do rito do projeto, que, depois de muita polêmica, acabou aprovado da forma que a Prefeitura queria.

Almir Vieira não está naquele grupo de nove vereadores que se juntou para eleger a Mesa Diretora, contra ele próprio, Almir, que trabalhava para permanecer no cargo neste começo de Legislatura. Desde então, em suas manifestações e posturas, atuava com tom crítico em propostas da administração municipal.

Questionei o vereador sobre o contexto do seu pedido, e ele disse que era um gesto para mostrar boa vontade com o Executivo. Sobre ser líder de Governo, sinalizou que estavam conversando, mas que ainda era preciso definir algumas “coisas”. Lembra que sempre foi um político de palavra e posições firmes e sempre teve lealdade com o lado que decidia ficar.

A fala tem um recado claro. Almir sabe que a base construída pelo governo na Câmara não é totalmente sólida. Neste recente projeto do Issblu, por exemplo, professor Gilson (União) e Cristiane Loureiro (Podemos), dois que integram este grupo de nove, votaram contrários.

Pelo lado da Prefeitura, as conversas foram confirmadas. Mesmo com pouco mais de um mês de sessões ordinárias, há um entendimento de que as tratativas com a Câmara têm fluído bem e que a falta de um líder não tem causado problema. “Não temos pressa”, foi a frase que sempre foi pronunciada quando a pergunta era sobre o processo de escolha.

Pelo que o Informe Blumenau entendeu, Almir Vieira só não será líder do Governo Egidio se não quiser. A escolha dele, se confirmada, tem um impacto na relação com pelo menos dois membros da Mesa, o presidente Aílton de Souza, o Ito (PL) e, principalmente, Egidio Beckhauser (Republicanos), 2º secretário da Mesa, responsável pela articulação que elegeu o atual grupo na Mesa Diretora e alijou Almir do processo.

 

Adicionar aos favoritos o Link permanente.