Volta às aulas: momento de adaptação e acolhimento

Após quatro dias em casa, devido ao recesso de Carnaval, a retomada das atividades escolares foi marcada por uma espécie de readaptação, como uma “nova volta às aulas”, tanto nas escolas públicas quanto nas privadas. Esse é um momento de adaptação, especialmente para os pequenos que estão frequentando a escola pela primeira vez. Mas, para os maiores, também há um sentimento semelhante, já que agora precisam se acostumar a não ter mais os celulares em mãos.

No Colégio Unibave, de Orleans, mais de 310 alunos retornaram às atividades escolares e, conforme a psicóloga educacional da instituição, Geciane Paladini Lima, a palavra-chave nesse processo é o acolhimento. “É um momento de adaptação, de acolhimento ao aluno, à família e também aos professores. Estamos todos nos conhecendo, principalmente as crianças mais novas”, explica.

Segundo ela, nos primeiros dias, o choro é uma reação normal, pois todos precisam de um tempo para se adaptar. “Os pais também estão conhecendo a escola e descobrindo uma nova versão desse filho no ambiente escolar, que antes não conheciam. É um momento de respeito, de muito amor e de busca por compreender cada um”, pondera.

Esse foi o caso de Henri da Silva de Bona, de 3 anos, filho de Maria Eduarda, que, mesmo já frequentando a instituição, estranhou o primeiro dia de volta às aulas. “O primeiro dia foi um caos”, brinca a mãe, rindo. Ela conta que o filho não lembrava mais que gostava de ir à escola. “Foi mais difícil, mas as professoras avisaram que isso poderia acontecer, e depois ficou tudo certo. Elas até mandaram fotos para tranquilizar a gente”, relata. No segundo dia, no entanto, tudo foi mais tranquilo. “Foi maravilhoso, ele já estava pedindo para ir”, garante.

A psicóloga Geciane Paladini Lima explica que cada pessoa reage de forma diferente e, por isso, é fundamental compreender todo o contexto, tanto familiar quanto da criança que está indo à escola pela primeira vez. Para isso, é necessário traçar uma proposta de adaptação e, principalmente, respeitar o tempo de cada um. “A orientação deve ser feita para todos, garantindo que a família se sinta segura e entenda que a escola é um ambiente preparado para receber essas crianças”, afirma.

“Pode haver choro, e precisamos saber como lidar com isso, avaliando quando ele é excessivo, quando é necessária a intervenção da família ou quando essa família pode se afastar para que a criança se adapte. Esse é um momento de estabelecer laços de confiança, respeito e acolhimento entre família, aluno e escola”, completa Geciane.

Mudanças

Os alunos que retornam também encontram mudanças. Há novos professores, novas salas e novos colegas. “É uma nova convivência, um momento de desenvolver habilidades sociais, como a empatia e a cooperação. É uma ótima oportunidade para fortalecer os vínculos e criar um ambiente educativo mais efetivo, inclusivo e que fomente o desenvolvimento integral dos alunos”, comenta a diretora do Colégio Unibave, Jucinara Teixeira Formanski, a Juci.

Outra readequação envolve a proibição do uso de celulares no ambiente escolar, seguindo a regulamentação da Lei 15.100/25. “Estamos orientando nossos alunos e incentivando-os a aproveitar os momentos no Colégio sem celulares, para que possam interagir mais e fortalecer os vínculos”, destaca Juci.

De acordo com a diretora, a empatia, a escuta ativa e o respeito são pilares fundamentais nessa relação entre escola e família. “Juntos, teremos um maravilhoso ano letivo”, finaliza.

Fonte: Ascom: Colégio Unibave

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