Provações levam ao crescimento espiritual, afirma padre Roger Luís

Sacerdote da Canção Nova abordou processo de crescimento espiritual em pregação; Ironi Spuldaro também pregou nesta terça-feira, 4, durante Rebanhão

Gabriel Fontana
Da Redação

Ironi Spuldaro abordou aspectos do louvor em sua primeira pregação nesta terça-feira, 4 / Foto: Reprodução TV Canção Nova

No penúltimo dia do acampamento Rebanhão Canção Nova, as atividades da terça-feira, 4, começaram com cânticos e a Adoração ao Santíssimo Sacramento. O momento foi conduzido pelo padre Leonardo Ribeiro, da Comunidade Canção Nova, e Ironi Spuldaro.

Na sequência, o próprio Ironi fez a primeira pregação da manhã, com o tema “No louvor o poder de Deus age”. O pregador iniciou sua fala destacando que o louvor não deve ser compreendido apenas como uma atitude de ação de graças, mas também sob o viés da via purgativa.

“Na dor é que o louvor tem poder”, declarou Ironi, “e o louvor a Deus atrai o milagre”. Ele também afirmou que “é preciso morrer louvando e louvar morrendo”, ou seja, entregar-se aos desígnios de Deus e renunciar às próprias vontades.

Neste contexto, o pregador sublinhou que o louvor tem que levar ao arrependimento e à conversão. “Não adianta eu louvar a Deus e minha vida não mudar, eu continuar fazendo as mesmas coisas erradas, cometendo os mesmos pecados, ferindo as pessoas com a mesma intensidade que eu feria”, expressou.

Ironi também destacou a importância do sacramento da confissão, lugar em que se manifesta a misericórdia de Deus. “Muito mais importante que o mal sair de nós, é nós sairmos do mal”, indicou, sinalizando que este processo se dá por meio de uma busca verdadeira pela santidade.

Importância do louvor

Na sequência, o pregador chamou a atenção para a murmuração, pontuando os males provocados pela atitude de reclamar. “Amar e louvar não quer dizer que você tem que concordar com tudo, mas amar e louvar é saber que o outro também tem o direito de pensar diferente do que eu, de errar como eu, de maltratar-me como eu maltrato alguém, do direito do perdão e da misericórdia como eu preciso”.

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Ironi destacou que este é o tipo de louvor que gera o poder de Deus em cada um, libertando, purificando e curando. Além disso, não se pode abrir brechas para aquilo que não faz parte do projeto de Deus. “O louvor tem que destruir essa guerra espiritual que estamos vivendo”, salientou.

O pregador citou ainda que o louvor leva aos frutos espirituais, especialmente a vida e o Batismo no Espírito Santo, e que é preciso contar com a graça de Deus acima dos limites humanos. “Nunca, por mais perfeito que seja o nosso louvor, ficará acima da graça de Deus. Nunca, por mais miserável que seja a nossa vida, ficará sem a misericórdia do Senhor. Então louve a Deus sempre, em tudo e por tudo”, manifestou.

“Prepare-se para atravessar o deserto”

Padre Roger Luís pregou sobre o crescimento espiritual por meio das provações / Foto: Reprodução TV Canção Nova

Na segunda pregação do dia, padre Roger Luís, da Comunidade Canção Nova, pregou sobre o tema “Prepare-se para atravessar o deserto”. No início de sua fala, ele destacou que Deus atrai cada pessoa para Si e depois a conduz para o deserto a fim de lhe falar ao coração.

Concentrando-se na figura do deserto sob a dimensão espiritual, o sacerdote listou três características: aridez, provação e crescimento. Além disso, enfatizou que este é um lugar de encontro com Deus e de batalha espiritual contra o diabo, o mundo e as paixões da carne, mas também “é o lugar preparado por Deus para que nós experimentemos as vitórias que Ele nos dá”.

Padre Roger sinalizou, porém, que o deserto também é um lugar de treinamento e tratamento, “onde Deus nos leva para que verdadeiramente nos conheçamos” – e alguns desses elementos só podem ser conhecidos por meio da provação. O crescimento espiritual de uma alma que quer crescer, permanecer e perseverar até o fim, observou, leva ao conhecimento de si mesmo e da total dependência que se tem de Deus.

Crescimento espiritual

Tal processo, porém, também necessita da iniciativa humana, pontuou o sacerdote. “Deus coloca a pessoa lá na forja e ela começa a se vitimizar ao invés de aproveitar o fogo da forja”, alertou.

“A gente é levado ao deserto”, prosseguiu padre Roger, “para que coisas que estavam escondidas venham à tona para serem tratadas porque senão nós não conseguiremos ser fiéis a Deus até o fim. A perseverança final exige tratamento de coisas da nossa história, das nossas fragilidades humanas que vão exigir de nós um posicionamento de maturidade espiritual: ‘eu preciso tratar esse defeito, esse pecado, esse vício, senão eu não vou perseverar até o fim’”.

Após esta exposição das fragilidades e o reconhecimento da dependência de Deus, a transformação espiritual começa a acontecer. “A conversão não é um evento isolado, mas um estado permanente de transformação, um contínuo santificar de Cristo em nosso coração”, indicou o sacerdote, acrescentando que “se você deixar Deus te conduzir ao deserto para que ele fale contigo, você vai ser humilhado e provado, mas vai conhecer o Deus que transforma”.

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