Liderança feminina na educação: inspiração, inovação e inclusão 

Por Larissa Albuquerque Dutra, diretora da UniSul.

A educação tem um papel fundamental na formação de uma sociedade mais justa. Quando incentivamos a participação feminina na gestão educacional, estamos contribuindo para que as próximas gerações cresçam com uma visão mais igualitária e aberta à diversidade. Quanto mais natural for a presença feminina na liderança, mais orgânica será essa transformação no futuro.

Buscarmos espaços com mais equidade de gênero não apenas enriquece o ambiente acadêmico, mas também fortalece a criatividade, a empatia e a inovação. Com equipes plurais, criamos espaços mais democráticos, preparados para desenvolver soluções que atendam a um mundo cada vez mais complexo e interconectado.

Minha trajetória na educação começou há duas décadas, quando ingressei simultaneamente na graduação em Direito. Desde então, minha paixão pelo ensino e por seu poder transformador só cresceu. No início da carreira, não percebia as barreiras que poderiam surgir pelo fato de ser mulher, talvez por ter sido incentivada desde cedo a acreditar em meu potencial ou por ainda não estar totalmente envolvida nas discussões sobre equidade de gênero.

Durante minha caminhada profissional, trilhei diversos cargos dentro de uma instituição de ensino superior, até que alcancei a direção. No Brasil, é notório que os cargos mais elevados na hierarquia organizacional ainda são predominantemente ocupados por homens. No entanto, isso nunca me desencorajou. Pelo contrário, reforçou minha convicção de que as mulheres possuem habilidades e perspectivas valiosas para contribuir na gestão educacional.

Olhando para minha experiência, reafirmo a ideia de que a liderança feminina tem a capacidade de aliar firmeza e sensibilidade, construindo ambientes de aprendizado mais empáticos e colaborativos. A diversidade no comando das instituições amplia a capacidade de inovação e a compreensão das necessidades dos estudantes, tornando o ensino mais dinâmico e adaptado às transformações sociais e tecnológicas.

Ainda que histórias como a minha estejam se tornando mais comuns, muitas mulheres enfrentam obstáculos para ascender a cargos de liderança, seja por preconceito, desigualdade salarial, falta de oportunidades ou ausência de uma rede de apoio que suporte a rotina familiar. Vejo um futuro promissor, no qual mais mulheres conquistarão espaço e influência na educação e em outras áreas.

Portanto, reconhecer e valorizar a presença feminina na liderança educacional é um passo essencial para o fortalecimento das instituições e para a construção de um futuro mais equitativo. Que possamos continuar incentivando essa transformação, promovendo uma cultura de respeito, colaboração e igualdade, que beneficie toda a sociedade.

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