Especulações sobre renúncia de Francisco são inúteis, expressa Parolin

Secretário de Estado do Vaticano concedeu entrevista a jornal italiano e salientou que saúde do Papa e sua recuperação são as únicas coisas que importam

Da Redação, com Vatican News

Cardeal Pietro Parolin / Foto: Reprodução YouTube

O secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, declarou que lhe parecem inúteis as especulações sobre uma possível renúncia do Papa Francisco. A declaração foi feita durante uma entrevista a um jornal italiano.

“Agora pensamos na saúde do Santo Padre, na sua recuperação, no seu retorno ao Vaticano: essas são as únicas coisas que importam”, completou Parolin. Questionado sobre a disseminação de notícias falsas, o cardeal expressou que não tem conhecimento sobre a existência de “manobras deste tipo” e que prefere “estar distante delas”.

“Por outro lado”, acrescentou o secretário de Estado, “acho bastante normal que nessas situações possam se difundir boatos descontrolados ou que seja feito algum comentário inapropriado: certamente não é a primeira vez que isso acontece”.

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Parolin comentou ainda que, após retornar de Burkina Faso há alguns dias, informou ao Pontífice que está disponível para encontrá-lo no hospital, “mas até agora não houve necessidade”.

“É melhor que ele permaneça protegido e receba o mínimo de visitas possível, para poder descansar e assim tornar mais eficazes as terapias a que está submetido”, afirmou o cardeal. “Graças a Deus, as notícias que chegam do Gemelli são animadoras, ele está se recuperando. Foram enviados a ele documentos para despachar e isso significa que ele está bem”, concluiu.

“Não vejo um clima pré-Conclave”

O prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé, Cardeal Víctor Manuel Fernández, também foi entrevistado, A um jornal argentino, declarou que não faz sentido que alguns grupos façam pressão por uma renúncia. “Já o fizeram várias vezes nos últimos anos, e esta só pode ser uma decisão completamente livre do Santo Padre para que seja válida”, frisou.

Fernández exprimiu ainda que não vê “um clima pré-Conclave”. “Não vejo falar de um possível sucessor mais do que se falou há um ano, ou seja, nada de especial”, pontuou, acrescentando que, para ele, “é importante que o organismo do Papa tenha reagido bem à terapia atual”.

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