Tesouro Direto Bate Recorde e Atinge 3 Milhões de Investidores

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O número de investidores no Tesouro Direto bateu um novo recorde ao saltar de 2,5 milhões para 3 milhões em um período de 12 meses, alta de 22% entre dezembro de 2023 e o de 2024. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (20) pela B3 e superaram o crescimento na renda variável.

A pesquisa levou em consideração produtos de renda fixa (crédito privado, conta remunerada e aplicação automática), renda variável, derivativos e dados do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para a poupança.

O Tesouro Direto foi inaugurado em 2002 pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), em parceria com a bolsa de valores do Brasil (B3), com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos federais. Esse produto não exige valor mínimo de investimento desde novembro do ano passado e o limite máximo por pessoa é de até R$ 2 milhões.

O estudo mostrou que o valor em custódia do Programa Tesouro Direto também aumentou, saltando de R$ 126,8 bilhões para R$ 142,7 bilhões. Isso foi uma alta de 13% ante dezembro de 2024 com o mesmo mês do ano anterior. No entanto, a análise aponta que mais pessoas entraram no produto com um menor valor aportado. O saldo mediano por pessoas que investem no Tesouro Direto passou de R$ 2,5 mil para R$ 1,7 mil, uma redução de 31%.

Entre os destaques, o Tesouro IPCA e o Tesouro Selic concentram 75% do saldo em custódia dos investidores do Tesouro Direto. Com a alta dos juros, o Tesouro Selic representa 40% dos investimentos em títulos públicos em dezembro de 2024, em comparação a 27% em 2020.

Renda+ tem alta entre jovens

O Tesouro Renda+, voltado para aposentadoria tem sido um dos destaques. A ferramenta, lançada em janeiro de 2023, em parceria da STN, B3 e Secretaria de Previdência (SPrev), permite ao investidor planejar uma data para aposentadoria e receber um valor extra mensalmente pelo período de 20 anos.

Nos últimos três meses de 2024, o produto teve alta de 6% para 20% na adesão de pessoas entre 18 e 24 anos, fechando o ano com 54,6 mil investidores dessa faixa etária. O grupo que tem entre 40 e 59 anos segue com a maior concentração de saldo, 63% do total.

Em relação à divisão por gênero, o Renda+ conta com 71% de homens e 29% de mulheres, com um total de 287,7 mil investidores. Já a região com mais pessoas que investem no Renda+ é o Sudeste (56%), seguida por Nordeste (17%), Sul (13%), Centro-Oeste (8%) e Norte (5%).

Renda variável e Renda fixa

A quantidade de investidores em renda variável atingiu a marca de 5,3 milhões ao final de 2024. O aumento foi de 6% em 12 meses. Em dezembro de 2024, 1,7 milhão de investidores fizeram ao menos uma operação no segmento de equities por mês. Esses investidores são responsáveis por 13,11% do volume de negociação do mercado à vista de ações, FIIs, ETFs, BDRs e demais produtos de equities na B3.

Na renda fixa, os destaques ficam com os Certificados de Recebíveis Imobiliário (CRIs). O produto apresentou um crescimento de 31% na base de investidores e alcançou a marca de 400 mil pessoas físicas. Ainda na renda fixa, o crescimento do saldo em custódia em Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) e Recibos de Depósitos Bancários (RDbs) foi de 23%.

Poupança

Outro segmento que registrou alta foram as contas de poupança, que foram de 586,7 milhões para 649,3 milhões entre dezembro de 2023 e o mesmo período de 2024. Isso representa uma alta de 11%. Os depósitos cresceram 12% ao irem de R$ 4.509,2 bilhões para R$ 5.042,3 bilhões. Do total, 538 milhões de contas possuem valores até R$ 1 mil.

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