Produtores de Fibra Curta Podem se Beneficiar com Eventuais Tarifas de Trump sobre Canadá

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Produtores de celulose de fibra curta, produzida a partir de eucaliptos, podem se beneficiar de uma eventual manutenção na promessa do presidente norte-americano, Donald Trump, de sobretaxar os produtos de exportação do Canadá em 25%, afirmaram executivos da Suzano, a maior produtora mundial da commodity, nesta quinta-feira (13).

“Boa parte da fibra longa que entra nos EUA vem do Canadá e quando os EUA decidem tarifar o Canadá, isso vai fazer com que a diferença de preço fique ainda maior”, disse o presidente-executivo da Suzano, Beto Abreu, em conferência com jornalistas.

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Segundo dados da companhia, o Canadá exporta por ano para os EUA cerca de 4,5 milhões de toneladas de celulose de fibra longa, produzida a partir de árvores como pinheiros.

“Se tiver alguma taxação específica para a celulose vinda do Canadá, isso favorece ainda mais nossa competitividade na fibra curta”, afirmou Abreu, citando que pode haver “incentivo para movimentos (aumentos) de preço no futuro”.

Em janeiro, a Suzano elevou os preços da tonelada de celulose vendida aos EUA em US$100, mesmo reajuste aplicado para clientes na Europa. A empresa anunciou no mês passado a clientes das duas regiões outro aumento, de US$60, para fevereiro.

O executivo avaliou que como o governo Trump adiou em 30 dias a aplicação generalizada da sobretaxa aos produtos canadenses para aguardar o resultado de discussões entre os dois países, “provavelmente essa negociação de 30 dias signifique discutir caso a caso”.

No caso da fibra curta, como a que é vendida pela Suzano, Abreu afirmou que não haveria lógica econômica os EUA aplicarem sobretaxa, uma vez que 90% da commodity consumida no país é importada.

“Taxar esse tipo de importação significa taxar de forma imediata o consumidor norte-americano e consequentemente a inflação”, disse o presidente da Suzano. “Vemos pouco sentido o governo dos EUA taxar um produto que não concorre com produto local e tem impacto gigantesco em inflação, principalmente após os dados de inflação de janeiro”, acrescentou, se referindo aos preços ao consumidor do país divulgados na véspera, que vieram acima do esperado.

Segundo dados da Suzano, a companhia tem praticamente 30% do mercado de celulose de fibra curta do mundo e a América do Sul tem praticamente 60% desse mercado.

Sobre o mercado nos EUA, Abreu afirmou que metade é atendido por fibras recicladas. Da parcela atendida por fibra virgem, 60%corresponde a fibra curta e 40% por longa, disse o executivo.

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