“Não existe o ‘direito de morrer’, mas o direito de ser tratado, frisa cardeal

Presidente da Conferência Episcopal Toscana, Cardeal Augusto Lojudice, posicionou-se contrário à lei que aprova suicídio assistido na região italiana

Da Redação, com Vatican News

Foto: Rido via Canva

A Conferência Episcopal Toscana criticou a aprovação de uma lei regional sobre suicídio medicamente assistido que foi aprovada na região italiana nesta terça-feira, 11. Em declaração, o presidente da conferência, Cardeal Augusto Paolo Lojudice, reiterou a posição contrária da Igreja à prática.

“Consagrar o direito à morte com uma lei regional não é uma conquista, mas uma derrota para todos”, salientou o religioso. Ele frisou ainda que a vida humana é um valor absoluto, protegido pela Constituição. “Não existe o ‘direito de morrer’, mas sim o direito de ser tratado, e o sistema de saúde existe para melhorar as condições de vida e não para causar a morte”, expressou.

Em entrevista à mídia vaticana, Lojudice comparou a decisão de aprovar o suicídio medicamente assistido ao aborto clandestino. “Na realidade devemos garantir que o que não é objetivamente correto não seja legalizado”, declarou.

Portadores de esperança e vida

O cardeal enfatizou, em sua declaração, que a aprovação da lei “não limitará nossa ação em favor da vida, sempre e em qualquer caso”, e exortou os capelães dos hospitais, religiosos e voluntários que trabalham na área da saúde a não desistir e continuar sendo “portadores de esperança e de vida”.

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Além disso, o religioso colocou os bispos à disposição para o diálogo e o estudo aprofundado sobre o tema do fim da vida, “prontos para ouvir e contribuir, pela paixão por cada pessoa humana que aprendemos com Jesus Cristo e que é oferecida a todos como uma contribuição gratuita para a nossa sociedade”.

Lojudice apontou ainda, à mídia vaticana, seu temor de que essa lei possa representar a descida de um cume que não será mais possível voltar a subir. “Agora, outras regiões se perguntarão se devem seguir na mesma direção. E então acredito que o próprio parlamento terá que assumir a responsabilidade de expressar uma opinião sobre o assunto”, sinalizou.

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