Anti-ESG: O erro que as empresas não podem cometer. Por Juliana Galliano

Juliana Galliano escreve artigo sobre o movimento anti-ESG que, segundo a mesma, cresce, ao lado da sustentabilidade, que segue essencial para negócios e sociedade. Florianópolis será referência em ESGTech ou ficará para trás? Leia mais no upiara.net

Infelizmente, o movimento anti-ESG (Environmental, Social e Governance) vem ganhando força nos últimos tempos, inclusive recentemente no Vale do Silício. No entanto, é importante lembrar que o ESG não é apenas uma tendência, mas sim uma abordagem que visa garantir a longevidade e a prosperidade das empresas, além de contribuir para a transformação social.

Aqueles que se opõem ao ESG argumentam que a sustentabilidade e a responsabilidade corporativa são custos adicionais que afetam a lucratividade das empresas. Os dados mostram que as empresas que adotam práticas ESG tendem a ter um desempenho financeiro melhor a longo prazo. De acordo com estudo da Harvard Business Review, as empresas que investem em ESG tendem a ter um retorno sobre o investimento (ROI) 4,8% maior do que as empresas que não investem em ESG.

O ESG promove a sustentabilidade, a responsabilidade corporativa e a inclusão social. Os negócios que adotam essas práticas tendem a ter uma maior confiança dos investidores e dos consumidores. De acordo com um estudo da McKinsey, as empresas que têm uma diversidade mais alta em sua equipe de liderança tendem a ter um desempenho financeiro melhor e uma maior inovação.

Além disso, o ESG é fundamental para a transformação social utilizando a tecnologia. As empresas de tecnologia têm o poder de influenciar a sociedade de maneira significativa e desenvolver soluções inovadoras para os problemas sociais. Já avançamos, mas podemos muito mais. Por isso, é importante que as startups usem suas capacidades para contribuir para o bem-estar da sociedade, sendo estimuladas a ter esse olhar desde a fase inicial, de pré-incubação.

No Vale do Silício, mesmo com grandes empresas declarando cortar programas essenciais para o desenvolvimento sustentável, muitas das startups que surgem lá estão desenvolvendo soluções que abordam questões ESG, pois as principais organizações de formação de startups apoiam e incentivam o uso da tecnologia para transformação social. E a nossa Florianópolis, Ilha do Silício? Qual caminho está trilhando? Será que seremos referência em ESGTech ou seremos anti-ESG?

Sobra “achismos” e falta compreensão sobre o que realmente é o desenvolvimento sustentável e como ele pode trazer ao mundo corporativo um desempenho financeiro melhor e redução de riscos, gerando impacto positivo. Precisamos urgente que o segmento de tecnologia caminhe de mãos dadas com as práticas ESG para trazer soluções inovadoras para as problemáticas inseridas na sociedade e contribuir verdadeiramente para a transformação social.


Juliana Galliano é especialista em ESG.

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