Preocupação com os riscos das armas de gel em Florianópolis. Por Claudinei Marques

Claudinei Marques escreve artigo sobre as armas de gel, consideradas por ele um risco à segurança e ameaça à visão. Leia mais no site upiara.net.

A crescente popularidade das “armas de gel”, também conhecidas como “gel blasters”, tem gerado sérias preocupações em relação à segurança pública e à integridade física dos cidadãos, especialmente no que diz respeito aos danos que esses dispositivos podem causar à saúde. A Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) e o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) alertam que o impacto das bolinhas de gel disparadas por essas armas pode causar lesões irreversíveis, incluindo perda total da visão. Além disso, as esferas podem causar hematomas, inflamações e cortes profundos, representando uma ameaça, principalmente para crianças e adolescentes.

Recentemente, a cidade de Garuva, no Norte de Santa Catarina, foi palco de um incidente envolvendo armas de gel, que agravou ainda mais as preocupações sobre a segurança. Um grupo de crianças, incluindo uma de apenas cinco anos, foi atacado por adolescentes portando essas armas. As vítimas foram colocadas de joelhos como reféns, e o caso gerou um grande impacto nas famílias locais, que procuraram o Conselho Tutelar para denunciar o ocorrido. Esse episódio evidencia o risco crescente de violência e confusão que essas armas podem gerar, especialmente em espaços públicos.

Vale ressaltar que não queremos proibir as crianças e adolescentes de brincarem, a nossa preocupação é com a segurança delas e com a proteção da integridade física de todos os cidadãos de Florianópolis. As “gel blasters”, embora vendidas como brinquedos, não são classificadas como tal pelo Inmetro, que alerta que não devem ser usadas por menores de 14 anos. A falta de regulamentação adequada e a natureza dos incidentes envolvendo essas armas reforçam a necessidade de medidas para prevenir acidentes.

O Projeto de Lei 19427/2025 visa justamente isso: proteger a população, com um foco especial nas crianças, que são as mais vulneráveis a incidentes causados por esses dispositivos. Ao proibir a comercialização, o uso, o transporte e a distribuição das “gel blasters” em Florianópolis, a proposta busca garantir que todos possam viver com mais segurança, evitando que esses produtos causem mais danos à sociedade. Essa é uma ação que reflete o compromisso com o bem-estar da sociedade e com a preservação da segurança e da integridade física dos cidadãos da Capital Catarinense.


Claudinei Marques é vereador pelo Republicanos em Florianópolis.

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