Clésio provoca Jorginho: “enganou até o Papai Noel”; Kennedy rebate crítica do ex-prefeito

As mágoas de uma das mais contundentes disputas entre PL e PSD nas eleições municipais permanecem vivas em Criciúma. Em entrevista à Rádio Guarujá, de Orlens, o ex-prefeito criciumense Clésio Salvaro (PSD) rejeitou a possibilidade de que ambos os partidos componham o mesmo projeto eleitoral em 2026, defendeu a pré–candidatura de João Rodrigues (PSD) ao governo e acusou o governador Jorginho Mello (PL) de não ter repassado recursos que prometeu à cidade durante o período eleitoral.

“Tenho certeza de que a vida será bem melhor com o João Rodrigues como governador de todos os catarinenses. Aposto muito nessa possibilidade. Eu não acredito que o meu partido volte a estar com o Jorginho. O Jorginho é um enganador. Aqui em Criciúma, ele enganou até o Papai Noel. Prometeu dinheiro para o Natal e sequer mandou dinheiro. Durante a campanha, na semana que antecedeu a eleição, ele veio quatro vezes em Criciúma. Até para inaugurar uma caixa d’água com uma torneira ele vinha. Depois da eleição, não colocou mais os pés na nossa cidade”, disse Clésio Salvaro à Rádio Guarujá.

Clésio Salvaro subiu o tom contra Jorginho em entrevista à Rádio Guarujá, de Orleans.

A disputa de Criciúma antagonizou Jorginho e Clésio. O governador apoiou a candidatura do deputado federal Ricardo Guidi (PL), enquanto o ex-prefeito deu palanque a Vaguinho Espíndola (PSD), que acabou eleito. A campanha foi marcada pela prisão preventiva de Clésio durante as investigações da Operação Caronte. Na época, o pessedista acusou Jorginho pela prisão. Ele foi solto poucos dias antes das eleições.

Kennedy Nunes rebate críticas de Clésio Salvaro

Após a entrevista de Clésio Salvaro, o secretário estadual da Casa Civil, Kennedy Nunes (PL), procurou a Rádio Guarujá para rebater as declarações do ex-prefeito. Segundo ele, o pessedista não solicitou recursos ao Estado para custear as festas natalinas, mas R$ 2 milhões para custeio da Secretaria Municipal de Saúde. Os recursos, afirmou Kennedy, não teria sido repassados porque a gestão de Clésio não possuía Certidão Negativa de Débitos (CND) regularizada.

Papai Noel não foi localizado pela reportagem.

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