Capivaras, carrapatos, o Ministério Público e a Prefeitura de Palhoça

Em dezembro, a 4ª Promotoria de Justiça de Palhoça instaurou notícia de fato para que fossem adotadas medidas devido à proliferação de capivaras na cidade. No mês passado foi formulada recomendação para que a Secretaria Municipal de Saúde e a Diretoria de Bem-Estar Animal (DIBEA) para que realizassem operação conjunta a fim de transferir capivaras do perímetro urbano a outro hábitat, garantindo o controle da propagação de zoonoses e a defesa da saúde pública.

A Secretaria de Saúde informou ao MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) que a gestão da DIBEA compete à Secretaria Municipal de Defesa do Cidadão e solicitou que a recomendação fosse encaminhada à pasta. Nem a Prefeitura de Palhoça nem a DIBEA responderam no prazo às solicitações de informações. Nenhuma atitude foi realizada pela prefeitura para combater o espalhamento de carrapatos. Em 31 de janeiro, Palhoça decretou situação de emergência devido à proliferação do parasita. O promotor de Justiça titular da 4ª Promotoria, José Eduardo Cardoso, diante da situação agravada, estipulou 5 dias para o envio das respostas anteriormente pedidas. O ocorrido em Palhoça é grave, muito grave. Mas, caso a Prefeitura de Palhoça tivesse se disposto a conversar com a Diretora do Bem-Estar Animal do seu município, saberia que para retirar os carrapatos das ruas de Palhoça, os locais infectados precisariam passar por algum tipo de dedetização. Tutores de animais, quando bem informados, sabem que se há carrapatos nos animais é porque o ambiente está repleto deles. A transferência das capivaras para outras localidades só leva o problema para outro lugar. E é necessário lembrar que nem capivaras, nem cachorros, nem bois são responsáveis pela proliferação dos carrapatos, o que está doente é o ambiente, exatamente como ocorre com as pulgas, ou qualquer outro comensal. E, é extremamente necessário que pensemos em iniciar a castração das capivaras. Esta atitude vem sendo tomada em vários estados.

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