Pesquisa Genial/Quaest mostra apenas que o Brasil continua no mato sem cachorro

A pesquisa Genial/Quaest com cenários da disputa presidencial de 2026 traz boas e más notícias para todos os envolvidos, mas tem como principal componente a percepção clara de que o Brasil continua politicamente fraturado e sem percpectivas de sair desse mato sem cachorro.

Os defensores do presidente Lula (PT) vão dizer, com razão, que ele lidera os cenários de primeiro e segundo turno contra todos os concorrentes pesquisados. Os adversários vão rebater, também com razão, que a rejeição do presidente é superior à intenção de voto.

Os bolsonaristas vão reclamar a ausência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos cenários. O instituto excluiu seu nome alegando que está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que está correto. Mas, se inelegível é não estar apto a se eleger, o cantor Gusttavo Lima também está, por ausência de filiação partidária.

Aliás, sua presença no cenário – com a menor diferença em relação a Lula nos cenários de segundo turno, mostra o tamanho descomunal do mato e explicita a ausência do cão.

Os defensores de uma alternativa, especialmente à direita, vão se apegar aos números sobre o desconhecimento dos possíveis postulantes pelo eleitorado. É “potencial de crescimento”, talvez digam. Já vimos esse filme antes.

O dado eloquente da pesquisa Genial/Quaest, no entanto, é a constatação de que TODOS os 12 nomes pesquisados pelo instituto tem rejeição maior que aprovação. Vou colocar o gráfico para ficar bem claro o quanto falta a ser construído para 2026. Todos tem chance, mas a chance maior continua sendo Lula x Bolsonaro (ou, provavalmente, seu indicado).

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