Mercado de Cannabis medicinal deve atingir R$ 1 bi em 2025

O mercado de Cannabis medicinal no Brasil segue em forte expansão. Em 2024, o número de pacientes que utilizam medicamentos à base da planta cresceu 56%, atingindo 672 mil pessoas, segundo dados da consultoria especializada Kaya Mind. A expectativa é de que, em 2025, esse mercado movimente R$ 1 bilhão no país, consolidando o crescimento de empresas de acesso à Cannabis medicinal no Brasil, como a TegraPharma, criada em 2019. 

“A evolução do setor está atrelada a uma maior conscientização da população sobre os benefícios terapêuticos da Cannabis, distinguindo o que é uso recreativo e medicinal, além do avanço da regulamentação”, explica afirma Ana Gabriela Baptista, CEO da TegraPharma e uma das profissionais mais influentes do Brasil no segmento de Cannabis medicinal, segundo levantamento da consultoria Tree Intelligence.

O acesso legal à Cannabis medicinal no Brasil foi estabelecido em 2015, marcando um avanço significativo na abordagem terapêutica. A legislação atual, pautada na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 660, orienta o uso medicinal da Cannabis. “Mas foi em 2022, pós-pandemia, que o mercado realmente começou a crescer e a se consolidar, especialmente por conta do aumento de casos de doenças ligadas à ansiedade, estresse e depressão, transtornos de neurodesenvolvimento como Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson e quadros crônicos de dor e insônia”, explica Ana Gabriela. “Hoje, os médicos da família, por exemplo, especialistas que olham para o paciente em seu contexto social e familiar, passaram a ser importantes prescritores de Cannabis medicinal”. 

Mercado em crescimento acelerado

De acordo com a Kaya Mind, o mercado de medicamentos à base de canabidiol (CBD) movimentou R$ 699 milhões em 2023. Em 2024, esse volume chegou a R$ 853 milhões, representando um aumento de 22% em relação ao ano anterior. Para 2025, o crescimento esperado é superior a 17%, atingindo a marca histórica de R$ 1 bilhão.

Ana Gabriela relaciona o crescimento do mercado com a chancela da própria comunidade científica em relação aos benefícios do tratamento no controle de diversas alterações clínicas. “Hoje, empresas como a TegraPharma tem um portfólio altamente diversificado, com produtos disponíveis em diferentes formas, como óleos, cápsulas, sprays, cremes, gummies e tópicos. Essa junção da pesquisa, inovação e ciência tem levado ao paciente soluções mais condizentes com os desafios da saúde contemporânea”. 

À frente da TegraPharma como CEO desde outubro de 2024, Ana Gabriela Baptista tem uma trajetória profissional marcada por uma abordagem científica rigorosa, que combina pesquisa e inovação no setor da Cannabis medicinal. A especialista detém ampla experiência de mais de 20 anos na área da saúde, tendo desempenhado um papel importante no desenvolvimento do segmento da Cannabis medicinal no Brasil.

A executiva acumula títulos como pesquisadora, consultora técnica, perita judicial e especialista em pesquisa e desenvolvimento (P&D) de produtos à base de Cannabis para fins medicinais. Seu currículo inclui especializações sobre o futuro da pesquisa de Cannabis medicinal pela Universidade do Colorado, nos EUA, além da certificação de especialista em horticultura de Cannabis pela renomada THC University & Trichome Institute. Com uma sólida reputação no mercado.

Segundo a influenciadora canábica, a importação ainda é a principal via de acesso aos medicamentos. Em 2024, 47% dos pacientes adquiriram produtos importados, enquanto 31% optaram por compra em farmácias e 22% recorreram a associações especializadas. “Na conta preço/concentração, o custo do miligrama de canabinoide de produtos importados é bem mais competitivo”, explica. “Isso faz com que as pessoas que possuem maior conhecimento sobre o tema escolham a importação – que hoje é feita de forma rápida e segura”. 

Acesso e regulamentação

Para ter acesso aos medicamentos à base de Cannabis, os pacientes precisam de uma prescrição médica adequada, conforme as diretrizes estabelecidas pela legislação vigente. “O acesso deve ser responsável, garantindo que o tratamento seja personalizado de acordo com a condição clínica de cada paciente”, afirma Ana Gabriela. “Para que ele tenha acesso ao produto, é necessário marcar uma consulta médica e receber a indicação prescritiva de um produto à base de Cannabis”.

A especialista ressalta que a demanda crescente por esses produtos está diretamente relacionada a uma maior aceitação da Cannabis medicinal como alternativa terapêutica para condições como epilepsia, dores crônicas, doenças neurodegenerativas, além de distúrbios do sono e transtornos de ansiedade. “O campo da pesquisa clínica sobre Cannabis medicinal tem sido tema cada vez maior, considerando o potencial terapêutico de canabinoides, entre eles o canabidiol (CBD) e o delta-9-tetrahidrocanabinol (THC), para diferentes condições clínicas e enfermidades”, explica Ana Gabriela.

Perspectivas para o futuro

Com o avanço da regulamentação e a ampliação do conhecimento sobre os benefícios terapêuticos da Cannabis medicinal, o setor segue em plena expansão no Brasil. A expectativa é que o mercado continue crescendo de forma sustentável, com maior diversificação de produtos e ampliação do acesso.

Para os próximos anos, Ana Gabriela acredita que novas regulamentações poderão facilitar ainda mais o acesso, tornando os tratamentos mais acessíveis e com custos reduzidos para os pacientes brasileiros. “Faz parte do nosso propósito, na TegraPharma, colocar o paciente no centro da operação, levando a ele mais qualidade de vida em sua jornada. A informação correta sobre os benefícios da Cannabis medicinal, chegando a mais pacientes e médicos, vai ajudar muito no avanço e crescimento desse mercado — um dos mais revolucionários dos últimos tempos.”

A Resolução da Anvisa (RDC n.º 660), de 30 de março de 2022, estabelece os critérios e procedimentos para a importação de produtos derivados da Cannabis, permitindo que pessoas físicas obtenham medicamentos mediante prescrição de profissionais habilitados. Além dos médicos, dentistas e veterinários também podem prescrever os produtos, ampliando o acesso ao tratamento para diferentes perfis de pacientes. 

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