A reinvenção do marketing de influência: como aplicá-lo de forma estratégica em 2025

Por Milena Starke, atendimento publicitário da Agência Beaver.

Praticamente todos já foram impactados por alguma estratégia que envolva Marketing de Influência. Entretanto, à medida que o mercado amadurece, essa ferramenta se transforma para entregar resultados ainda mais assertivos e alinhados às expectativas dos consumidores.

Dados revelam que o marketing de influência continua a crescer significativamente em 2025, com projeções indicando que os investimentos globais na área alcançarão US$ 9,29 bilhões até o final do ano, representando um aumento de 14,2% em relação a 2024. O impacto é inegável, mas o segredo está em como essa abordagem vem evoluindo.

De números a conexões

O marketing de influência, antes focado em aumentar a visibilidade e o número de seguidores, hoje se torna sobre autenticidade e conexão. Uma pesquisa da Rakuten Advertising, publicada em dezembro de 2024, revelou que 80% dos consumidores confiam nas recomendações de influenciadores, enquanto 84% deixam de segui-los ao perceberem falta de autenticidade. Nesse cenário, ganham destaque os micro e nano influenciadores, além do UGC (Conteúdo Gerado pelo Usuário).

Por que micro e nano influenciadores estão em alta?

Esses perfis, com menos de 50 mil seguidores, possuem uma relação mais próxima e de confiança com seu público Costumam atuar em nichos específicos e apresentam um engajamento geralmente muito mais qualificado do que os grandes influenciadores. Além disso, com consumidores cada vez mais atentos à autenticidade, essas parcerias geram maior identificação e credibilidade. 

UGC: a voz do consumidor comum

O UGC se destaca por ser produzido por pessoas ‘comuns’, sem vínculos explícitos com marcas. Por isso, tendem a passar mais confiança, refletindo a experiência de outros consumidores. Ele é especialmente poderoso em um cenário onde as opiniões de usuários têm grande influência no processo de compra.

A estratégia do CEO como influenciador

Um estudo da consultoria Epsilon Technologies, publicado em dezembro de 2024, revelou que os CEOs estão se tornando canais potentes de comunicação estratégica e cultural para suas empresas. Exemplos como Luciano Hang (Havan) e empresárias do setor de maquiagem, como

Boca Rosa, mostram que o público se conecta com pessoas, não com CNPJs. Essa abordagem humaniza a comunicação e cria vínculos emocionais mais profundos. Porém, deve ser aplicada com cautela, considerando os riscos de associar uma marca a uma única figura pública.

Como aplicar o marketing de influência de forma eficiente

Para resultados consistentes, é fundamental seguir uma abordagem estratégica:

1. Defina objetivos claros: O que sua campanha precisa alcançar? Visibilidade, vendas, engajamento?

2. Conheça o público: Entenda hábitos e preferências para escolher influenciadores alinhados.

3. Escolha os influenciadores certos: Busque diversidade e identificação com sua marca.

4. Elabore um briefing completo: Deixe claro os objetivos, expectativas e mensagens que devem ser transmitidas ao influenciador.

5. Acompanhe o desempenho: Utilize métricas para monitorar resultados e ajustar a estratégia.

6. Relate os resultados: Campanhas bem-sucedidas são aquelas que aprendem com os dados.

O futuro do marketing de influência

Com consumidores transitando entre canais digitais e físicos, a integração omnichannel será essencial para garantir uma experiência consistente. O omnichannel é uma estratégia que busca unir diferentes canais de venda e comunicação, como loja física, site e redes sociais, de forma integrada, proporcionando ao cliente uma jornada fluida, independentemente do ponto de contato escolhido. Essa abordagem exige criatividade e autenticidade para continuar atraindo o público em todos os meios aos quais ele tem acesso.

O marketing continua sendo sobre pessoas. Foque no comportamento humano e utilize a tecnologia a seu favor para oferecer experiências cada vez mais personalizadas e memoráveis.

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