Crises no Sudão e na Colômbia preocupam o Papa

Sobre a Colômbia, o Papa afirmou acompanhar a situação, especialmente na região de Catatumbo, onde os confrontos entre grupos armados causaram a morte de muitos civis

Da redação, com Vatican News

Exército da Colômbia anuncia que 20 menores desertaram das FARC / Foto: Reprodução Reuters

Ao final do Angelus, Francisco manifestou sua preocupação com as crises no Sudão e na Colômbia.

“O conflito em andamento no Sudão, que começou em abril de 2023, está causando a mais grave crise humanitária do mundo, com consequências dramáticas também no Sudão do Sul. Estou próximo dos povos de ambos os países e os convido à fraternidade, à solidariedade, a evitar qualquer tipo de violência e a não se deixarem instrumentalizar.”

O Pontífice renovou seu apelo às partes em conflito no Sudão para que cessem as hostilidades e aceitem sentar-se à mesa de negociações. “Exorto a comunidade internacional a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para levar a ajuda humanitária necessária às pessoas deslocadas e ajudar os beligerantes a encontrarem rapidamente o caminho da paz.”

Domingo de oração pela paz na Colômbia

Em relação à Colômbia, o Papa afirmou acompanhar a situação no país, especialmente na região de Catatumbo, onde os confrontos entre grupos armados causaram a morte de muitos civis e o deslocamento de mais de 30 mil pessoas. “Expresso minha proximidade e rezo por eles.”

Em menos de uma semana, a onda de violência, a pior dos últimos tempos, deixou cem mortos e 32 mil desabrigados na região de Catatumbo, no departamento de Norte de Santander, na fronteira com a Venezuela. Os combates são entre guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (Eln) e organizações dissidentes afiliadas às extintas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

Os bispos colombianos expressaram “profunda tristeza” pela grave crise humanitária e pediram a “cessação das hostilidades” e a retomada das negociações “com determinação”. Também foi convocado um dia especial de oração pela paz neste domingo.

Dia Mundial dos Doentes de Hanseníase
Ainda em seus apelos, Francisco recordou a celebração no último domingo de janeiro do Dia Mundial dos Doentes de Hanseníase, encorajando quem trabalha nesta área a prosseguirem seus esforços, “ajudando também quem se cura a se reinserir na sociedade. Que não sejam marginalizados”.

Outro momento do Angelus foi a presença ao lado do Papa de um menino pertencente à Ação Católica, cujos membros participaram da “Caravana da Paz” e concluíram seu encontro em Roma. Por fim, o Pontífice saudou os presentes, de modo especial os participantes do Jubileu dos Comunicadores: “Eu os exorto a serem sempre narradores de esperança”.

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