Nem saudade, nem vazio: psicólogo explica o real motivo por que sofremos com o fim de um amor

Já ouviu aquela frase: “nem toda experiência é individual”? O mesmo ocorre quando sofremos ao terminar um relacionamento, essa experiência é universal e inevitável. Conforme o psicólogo Luis Miguel Real, o sofrimento vai além do romantismo e está profundamente enraizado em nossas expectativas e na forma como enxergamos o mundo.

Mulher com olhos pretos sentada em sofá com metade de coração na mão

Entenda por que sofremos ao terminar um relacionamento – Foto: Canva/ND

Em um “tweet” publicado na rede social X, que viralizou e gerou diversos comentários, o psicólogo explicou quais são os processos mentais e emocionais envolvidos nesse tipo de dor.

Quando estamos apaixonados, nosso cérebro entra em um “estado químico” semelhante ao de uma dependência. Substâncias como dopamina, oxitocina e serotonina proporcionam uma sensação de euforia quase viciante. Contudo, ao terminar um relacionamento, esses químicos são abruptamente interrompidos, levando ao que o especialista chama de “Síndrome de abstinência emocional”.

Mas, o que realmente intensifica o sofrimento causado pelo fim de um amor, segundo Real, não é apenas a perda do parceiro, mas o peso das nossas próprias idealizações. “Sofremos mais pelo que imaginamos do que pelo que realmente perdemos”, destaca. Sendo assim, o especialista explica que a idealização do parceiro e da relação quebra não só nossos laços emocionais, mas também expectativas criadas, agravando a sensação de vazio.

O psicólogo também relaciona o sofrimento amoroso a medos profundos e universais, como o abandono e a sensação de não sermos suficientes. Essas emoções abrem feridas do passado e despertam inseguranças sobre o futuro, o que torna o processo de superação mais doloroso.

O que dizem os estudos sobre o sofrimento após terminar um relacionamento

Estudos científicos têm investigado como um cérebro reage após uma pessoa terminar um relacionamento amoroso. Conforme uma pesquisa publicada no Journal of Nerophysiology, as áreas cerebrais ativadas durante um rompimento são as mesmas envolvidas na dor física.

Isso explica porque a dor emocional pode ser tão intensa e, às vezes, até debilitante. Além disso, a dependência emocional gerada pelos “hormônios do amor” pode ser comparada à abstinência vivida por dependentes químicos, segundo a pesquisa.

Pessoa rasgando foto ao meio

As áreas cerebrais ativadas ao terminar um relacionamento são as mesmas envolvidas na dor física – Foto: Canva/ND

Como superar o fim de um relacionamento amoroso?

Real sugere que apenas “esperar o tempo curar tudo” não é o suficiente. Para ele, a chave está em refletir sobre o que o relacionamento de aprendizado e o que pode ser feito para evitar padrões destrutivos no futuro.

Ele também recomenda que sejam realizadas pequenas mudanças no dia a dia para aliviar a dor. “Evite playlists de músicas tristes, escreva sobre o que sente ou saia para uma caminhada”, indica.

Essas ações, embora simples, ajudam a criar um ambiente emocional mais saudável e a reduzir o impacto do término.

Reflexões geram conexão

As palavras do psicólogo mexeu com muitas pessoas. Usuários da rede X compartilharam suas experiências e reflexões. “É fácil entender na teoria, mas difícil aplicar na prática”, comentou um deles. Outro destacou: “Quando você vê alguém próximo lidando com algo realmente grave, percebe que o sofrimento por amor não valia tanto a pena.”

Embora a dor que aparece após terminar um relacionamento amoroso seja inevitável, o que fazemos com essa experiência pode transformar completamente o impacto que ela tem em nossas vidas. Como lembra Real, mesmo nos momentos mais difíceis, há caminhos para superar o sofrimento e seguir em frente.

Mulher tirando aliança da mão e homem atrás com mão no rosto

Embora a dor que aparece após terminar um relacionamento amoroso seja inevitável, o que fazemos com essa experiência pode transformar completamente o impacto que ela tem em nossas vidas – Foto: Canva/ND

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