Brasil Adere à Iniciativa Global do Fórum Econômico Mundial para Descarbonizar Indústrias

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

A iniciativa “ Transitioning Industrial Clusters” (ou Pólos industriais de Transição Climática, em tradução livre) acaba de ganhar um super reforço durante a reunião anual do Fórum Econômico Mundial, realizada em Davos, na Suíça. Criada na COP26, em 2021, o programa agora conta com a participação de 16 países para atingir as suas metas — incluindo o Brasil. 

Ao todo, 33 polos industriais compõem o projeto. A expectativa é que, juntos, eles sejam capazes de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE)  em 832 milhões de toneladas de CO₂ — uma quantia comparável às emissões anuais da Arábia Saudita. As reuniões começaram nesta segunda-feira (20) e se encerram na sexta-feira (24).

Leia também

  • Imagem do PIX (Foto: Marcello Casal Junior - Agencia Brasil)
    Forbes Money

    Empresas ainda preferem pagamento em boleto ao invés de Pix

  • Brasil
    Forbes Money

    Quem Precisa de Quem? O Verdadeiro Peso do Brasil para os EUA – e Vice-Versa

  • Donald Trump mostra decreto recém assinado
    Forbes Money

    Trump Renomeia Golfo do México para ‘Golfo da América’. Veja o Que Ele Pode — e Não Pode — Fazer

Além do Brasil, o grupo agora também conta com a adição da da Austrália, Colômbia, Índia, Países Baixos, Arábia Saudita e Reino Unido. O objetivo é acelerar a implementação de infraestrutura de energia limpa nestas regiões. 

Essa é a maior coalizão de empresas e instituições públicas co-localizadas comprometidas em reduzir emissões de gases de efeito estufa enquanto impulsionam o crescimento econômico. Além disso, os polos integrantes do projeto contribuem com US$ 492 bilhões (R$ 2,952 trilhões) para o produto interno bruto (PIB) e sustentam 4,3 milhões de empregos.

Leia também

  • Imagem do PIX (Foto: Marcello Casal Junior - Agencia Brasil)
    Forbes Money

    Empresas ainda preferem pagamento em boleto ao invés de Pix

  • Brasil
    Forbes Money

    Quem Precisa de Quem? O Verdadeiro Peso do Brasil para os EUA – e Vice-Versa

  • Donald Trump mostra decreto recém assinado
    Forbes Money

    Trump Renomeia Golfo do México para ‘Golfo da América’. Veja o Que Ele Pode — e Não Pode — Fazer

O chefe do Centro de Energia e Materiais do Fórum Econômico Mundial, Roberto Bocca, afirmou que as ações tanto em nível individual dos polos quanto por meio de colaboração entre regiões podem viabilizar a implantação de boas  infraestruturas. “Conectar polos industriais entre diferentes geografias impulsiona a transição energética e fortalecerá uma economia global mais sustentável”, disse o executivo.

Novos integrantes

A adição de cinco novos polos da Índia, uma das economias que mais cresce no mundo, de um polo na província de Saraburi, na Tailândia – epicentro da produção de concreto do país –, e de um polo na Austrália reflete o compromisso da iniciativa em promover o progresso na região Ásia-Pacífico. 

A iniciativa também está fortalecendo sua rede de polos ancorados em portos ao adicionar Rotterdam, Gotemburgo e o Solent Cluster na Europa; os Portos do Açu e o Cartagena Industrial Cluster, os primeiros membros da América do Sul; e a Jubail Industrial City, o primeiro membro do Oriente Médio. 

“Polos industriais líderes tratam a descarbonização como um destino coletivo, ou seja, um objetivo com potencial de impulsionar o crescimento dos negócios e reinventar a indústria”, afirmou Stephanie Jamison, Líder Global de Prática na Indústria de Recursos e Serviços de Sustentabilidade da Accenture.

O polo brasileiro, Port of Açu Low Carbon Hub, fica localizado no norte do estado do Rio de Janeiro e tem o seu foco voltado para  o crescimento sustentável. Em operação desde 2014, conta com 22 empresas instaladas e 11 terminais privados.

Quem são os novos membros?

  • Cartagena Industrial Cluster (Colômbia): conectado à maior zona industrial baseada em portos, esse polo industrial tem uma posição estratégica para se tornar um potencial na produção, armazenamento e distribuição de hidrogênio limpo e combustíveis de baixo carbono;
  • Gopalpur Industrial Park (Índia): o parque industrial oferece um ecossistema exemplar para atrair investimentos em setores que utilizam tecnologia de ponta, incluindo energia verde;
  • Hunter Region (Austrália):  a região fomenta a colaboração entre setores para apoiar o crescimento da economia emergente de energia limpa por ser um centro de inovação e diversificação industrial;
  • Jubail Industrial City (Arábia Saudita): Planejada desde 1975, a cidade industrial de Jubail promove sinergias entre indústrias co-localizadas para minimizar suas emissões de carbono;
  • Kakinada Cluster (Índia): centro portuário em Andhra Pradesh que oferece soluções de descarbonização industrial, como amônia verde, hidrogênio e combustíveis sustentáveis para aviação;
  • Kerala Green Hydrogen Valley (Índia): esse polo em Kerala é central nos esforços de descarbonização da Índia, ampliando o transporte movido a hidrogênio;
  • Mundra Cluster (Índia): localizado em Gujarat, integra iniciativas de energia verde com infraestrutura para grandes projetos industriais;
  • Mumbai Green Hydrogen Cluster (Índia): esse ponto industrial em Maharashtra acelera a economia de hidrogênio verde, conectando indústrias a fontes de energia sustentáveis;
  • Porto do Açu Low Carbon Hub (Brasil): aproveitando a vantagem do Brasil em energia renovável e biocombustíveis, o polo oferece soluções de descarbonização para setores de difícil mitigação;
  • Porto de Rotterdam (Países Baixos): o maior porto da Europa e líder em corredores de hidrogênio verde, conectando produção de energia renovável às indústrias europeias;
  • Saraburi Sandbox (Tailândia): localizado na província de Saraburi, foca em soluções de energia limpa, reduzindo emissões do setor de cimento;
  • The Solent Cluster (Reino Unido): buscando se tornar um centro líder em investimentos de baixo carbono, promove a economia regional e cria empregos no setor de energia limpa;
  • Tranzero Initiative (Suécia): localizado em Gotemburgo, maior porto da Escandinávia, adota uma abordagem colaborativa para acelerar a transição para indústrias e transportes livres de combustíveis fósseis;

Escolhas do editor

  • Faixa promovendo IA em Davos - Foto: REUTERS - Denis Balibouse
    Colunas

    As 9 Buzzwords de Davos 2025

  • trabalho remoto carreira forbes
    Carreira

    Por Que 2025 Pode Ser o Ano do Fim do Trabalho Remoto?

  • nomade digital forbes
    Carreira

    Quer Virar Nômade Digital? Veja Como o ChatGPT Pode Te Ajudar

O post Brasil Adere à Iniciativa Global do Fórum Econômico Mundial para Descarbonizar Indústrias apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.