Pré-mercado: Trump Toma Posse sem Elevar Tarifas

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Bom dia. Estamos na terça-feira, 21 de janeiro.

Cenários

Após o feriado da segunda-feira (20) devido ao dia de Martin Luther King, o mercado americano retoma as atividades nesta terça-feira (21) com a presidência dos Estados Unidos já sob o comando de Donald Trump. Em seu discurso de posse, Trump anunciou uma “nova era de prosperidade” para os Estados Unidos. Ele cumpriu várias promessas de campanha. Tirou o país do Acordo de Paris e da Organização Mundial da Saúde, anunciou o fim das metas para carros elétricos e disse que vai estimular a prospecção e exploração de petróleo nos Estados Unidos.

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No entanto, apesar de denunciar uma “emergência nacional” na fronteira com o México, Trump foi genérico ao tratar da imposição de tarifas comerciais sobre exportações para os Estados Unidos. “As tarifas nos deixarão ricos e permitirão aos Estados Unidos retomar seus negócios”, disse ele. Porém, ele não deu maiores detalhes.

Mais tarde na segunda-feira, durante uma entrevista coletiva no Salão Oval concedida após a posse, ele afirmou que “estava pensando” em impor tarifas de 25% sobre as importações do México e do Canadá a partir do dia 1º de fevereiro. Mas não fez nenhum comentário sobre a prometida alíquota de 60% sobre os produtos da China.

Perspectivas

O que os candidatos gritam nos palanques eleitorais tende a ser diferente do que os empossados conversam nos gabinetes presidenciais. Uma das principais justificativas do dinamismo e da resiliência da economia americana é sua abertura comercial. Isso garante crescimento e renda, apesar de os Estados Unidos estarem enfrentando um enorme déficit comercial.

Em novembro de 2024, dado mais recente disponível, a economia americana exportou US$ 273,37 bilhões e importou US$ 351,56 bilhões, com um déficit mensal de US$ 78,19 bilhões. Nos últimos 12 meses, o déficit comercial mensal tem oscilado entre US$ 65 bilhões e US$ 75 bilhões. Resolver esse déficit tem sido uma questão espinhosa para os governantes americanos. Por um lado, a força do dólar facilita as importações e torna os produtos (e até mesmo os serviços) americanos menos competitivos.

Por outro, esse déficit é plenamente financiável, pois o governo americano pode imprimir os dólares necessários para pagar as contas. O problema é que isso é inflacionário e pressiona o endividamento público.

As propostas de Trump de fechar as fronteiras e taxar as importações visam obter uma solução rápida para esse problema. Porém, apesar de um movimento contrário após a pandemia, a produção americana depende muito de cadeias de comércio com outros países. Elevar tarifas de maneira abrupta terá consequências danosas e imprevisíveis. Por isso nenhuma medida foi anunciada ainda, e é provável que o que entre em vigor seja mais suave e localizado do que as promessas de campanha.

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