O que significa ter um Déjá Vu, segundo a psicologia

Provavelmente você já teve uma sensação de viver algum momento mais de uma vez. Esse fenômeno é bastante comum, e é chamado de Déjá Vu. Mas será que realmente é possível vivermos o mesmo momento em outras ocasiões? A psicologia explica!

O fenômeno está relacionado à forma como o cérebro processa e armazena memórias, mas ainda não existe um consenso definitivo sobre suas causas exatas. – Foto: Unsplash/Divulgação/ND

O Déjà Vu é uma sensação que ocorre quando uma pessoa tem a impressão de que está vivenciando um momento ou situação que já aconteceu anteriormente, mesmo sabendo racionalmente que não foi. É como se aquele momento já tivesse sido vivido antes, criando um sentimento de familiaridade, mas sem uma memória específica ou clara de onde ou quando ocorreu.

O que significa exatamente ter um Déjà Vu]

Esse fenômeno é bastante comum e costuma durar apenas alguns segundos. Apesar de ser uma experiência intrigante e muitas vezes desconcertante, não é considerado algo preocupante ou patológico na maioria dos casos, sendo relacionado a processos cognitivos e neurológicos do cérebro.

Através de uma pesquisa, foi demonstrado que cerca de 60% das pessoas experimentam esse fenômeno, que costuma ser mais comum em situações de estresse e fadiga.

Déjá-Vu acontece em fração de segundos – Foto: Reprodução/ND

Embora a causa exata ainda não esteja definida, o site Psicologia e Mente lista quatro possíveis explicações para o Déjà Vu, baseadas em análises neurocognitivas:

  • Processamento duplo: resulta de dois processos cognitivos paralelos e sincronizados que perdem a sincronia momentaneamente. O fato de estar observando uma imagem enquanto a memória é ativada nos dá a sensação de já ter vivido aquela situação;
  • Problemas no lóbulo temporal: devido a uma breve disfunção/interrupção em um circuito do lóbulo temporal, que está envolvido na experiência de lembrar situações vividas, isso gera uma “lembrança falsa” do acontecimento;
  • Semelhança entre experiências: ocorre quando uma experiência passada é parecida com a atual, levando-nos a acreditar que já estivemos naquela situação antes;
  • Distração do cérebro: logo após capturar parte da cena e quando a atenção é retomada e a cena é registrada por completo, atribuímos a ela um forte senso de familiaridade, sem percebermos a origem, resultando em uma falsa lembrança.

Além disso, é importante destacar que esse fenômeno também é reconhecido no campo da psiquiatria, pois pode ser observado em algumas patologias, como a esquizofrenia.

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