Papa: servir dá dignidade, todos podem dar a sua contribuição

Em audiência com membros do Corpo de Transporte e Materiais do Exército Italiano, Francisco destaca doação pelo próximo para cumprir a missão

Da Redação, com Vatican News

Papa Francisco cumprimenta militar durante audiência nesta quinta-feira, 7 / Foto: Vatican Media/IPA/Sipa USA via Reuters Connect

Nesta quinta-feira, 7, o Papa Francisco recebeu em audiência o Corpo de Transporte e Materiais do Exército Italiano. O encontro foi motivado pela comemoração dos 70 anos da proclamação de São Cristóvão como padroeiro da organização.

Em seu discurso, o Pontífice partilhou que também é devoto de São Cristóvão, sempre carregando consigo uma medalha. Além disso, expressou sua alegria por ver um corpo militar contar com o patrocínio de um santo mártir, que deu a vida para dar testemunho de Cristo. Para o Santo Padre, isto significa “reconhecer que não existe profissão ou estado de vida que não precise estar ancorado em valores verdadeiros e que não precise da proteção divina”.

Com efeito, Francisco observou que quanto mais a profissão implica a possibilidade de salvar vidas ou perdê-las, de prestar apoio, ajuda e proteção, mais ela precisa manter um código ético elevado e uma inspiração que vem do alto. Desta forma, “ter um padroeiro e orgulhar-se dele significa comprometer-se, no serviço ao país, a operar com um estilo que coloca no topo a dignidade de cada pessoa humana, que é imagem do Criador”, pontuou.

“O serviço nos dá dignidade”

O Papa sublinhou que honrar o santo padroeiro significa também reconhecer que a dedicação e o zelo humanos são necessários, mas que, além disso, é preciso obter a graça que vem do céu, essencial para cumprir as missões confiadas. “Significa, em suma, reconhecer que não somos onipotentes, que nem tudo está em nossas mãos e precisamos da bênção divina”, afirmou.

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Na sequência, o Pontífice recordou algumas das missões desempenhadas pelo Corpo de Transporte e Materiais, como o apoio em catástrofes naturais e a organização logística para enfrentar momentos difíceis, como a pandemia de Covid-19. “A realização pontual, bem coordenada e constante de todas estas atividades tem um nome preciso: serviço”, salientou.

O Santo Padre explicou que estar a serviço significa colocar-se à disposição do bem comum, não poupar energias e esforços, não recuar diante dos perigos para cumprir a missão, o que muitas vezes resulta no salvamento de vidas humanas e pode envolver o sacrifício da própria segurança. “Servir e servir, e o serviço nos dá dignidade”, enfatizou.

“Todos podem dar a sua contribuição”

Neste contexto, Francisco apontou como é significativo que tantas pessoas, ao final do serviço ativo, não se distanciam do Corpo de Transportes e Materiais, mas optam por fazer parte da Associação Nacional de Motoristas da Itália. Tal comportamento testemunha que a disposição para servir se tornou um hábito natural, uma característica que não pode ser descartada de um momento para o outro, mas deve ser ajustada de acordo com a idade e as condições de cada indivíduo, “porque todos, em qualquer idade, podem dar a sua contribuição, continuando a servir”.

Voltando-se para São Cristóvão, o Papa comentou que o nome do santo significa “aquele que carrega Cristo”. Da mesma forma, quando cada membro se empenha para cumprir sua tarefa e ajudar pessoas afetadas por diversas realidades, carrega em si o estilo de Cristo, que veio para servir e não para ser servido, destacou o Pontífice, concluindo seu discurso com uma oração e confiando todos à proteção da Virgem Maria.

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