Foi no ano de 2016 que a lei do naturismo foi revogada, em Florianópolis. Sem fiscalização e em condições de total abandono, as práticas na Praia da Galheta vem revoltando moradores e apreciadores do local que é considerado um dos paraísos da Ilha de Santa Catarina.
A região virou ponto de encontros com cunhos sexuais que foram transformados em conteúdo de sites para maiores de 18 anos, com cenas explícitas e a luz do dia.
Existem denúncias contra empresas de turismo que vendem pacotes que anunciam a prática do naturismo no local. Preservativos abertos são facilmente encontrados pela areia e por diferentes lugares da orla que também reúne muito lixo.
No último final de semana, em mais um indício de descaso, foi registrado o 5º incêndio em posto guarda-vidas em um intervalo menor que três anos.
Outro quesito, esse denunciado pelo portal Floripa LGBT, diz respeito a agressões e espancamentos de frequentadores do local.
Por parte das autoridades há um empecilho que é somado à falta de efetivo: a dificuldade no acesso à praia.
Por tudo isso a Câmara de Vereadores, por requerimento protocolado pelo ex-vereador Maikon Costa (PL), deve agendar uma audiência pública para tratar o tema nos próximos dias.
A intenção é encontrar alternativas e soluções para que seja retomado o “controle” do local.
Moradores revoltados e fiscalização falha

Placa foi elaborada por moradores da região – Foto: Divulgação/ND
Tanto a Guarda Municipal de Florianópolis como a Polícia Militar de Santa Catarina são responsáveis pela fiscalização no local. Com problemas nos respectivos efetivos, há uma certa resistência em monitorar o local.
Outro ponto apontado pelas autoridades é a dificuldade em chegar na praia. A ideia que rege o debate que deve ir ao plenário da Câmara de Vereadores é que seja construído um deck para acessar à orla da praia.
Moradores, revoltados, já elaboraram e implantaram placas, por iniciativa própria, ressaltando a proibição do naturismo. O movimento, no entanto, é pouco já que não há quem fiscalize e, dessa forma, muito menos puna. Uma carta assinada por nove associações denuncia o abandono da praia de Galheta ao Ministério Público de Santa Catarina.