Planta bíblica da qual se extrai o ‘óleo da iluminação’ é rica em propriedades anticancerígenas

A primeira referência ao óleo balsâmico aparece no livro do Êxodo, onde é descrito como “óleo para iluminação, especiarias para o óleo da unção e para o incenso aromático”. Anteriormente, o Gênesis menciona bálsamos, especialmente o bálsamo de Galaad, relacionado à cura de Ezequiel e Jeremias. Agora, uma equipe de cientistas afirma ter encontrado a planta bíblica, fonte desse bálsamo.

Os autores do estudo publicado na Current Biology relataram a recuperação de uma semente misteriosa, com 1.000 anos de idade, encontrada no deserto da Judeia, que foi cultivada com sucesso.

Sheba provavelmente sobreviveu de uma população de árvores agora extintas – Foto: Reprodução/ND

A história da planta bíblica

Nomeada “Sheba”, a árvore agora tem cerca de 3 metros de altura, permitindo aos cientistas descrever suas características completas e realizar análises de DNA, químicas e de radiocarbono, revelando novas pistas sobre suas origens.

Datando entre 993 e 1202 d.C., a semente de Sheba provavelmente sobreviveu de uma população de árvores agora extintas, que existiam na região que hoje compreende Israel, Palestina e Jordânia.

Planta bíblica de mil anos é revivida a partir de semente achada em caverna – Foto: Reprodução/ND

Surpreendentemente, os pesquisadores afirmam que a árvore pode ser a fonte do “tsori” bíblico, um extrato resinoso associado à cura em textos como Gênesis, Jeremias e Ezequiel.

Benefícios da planta

Análises químicas das folhas e da resina de Sheba revelaram que a árvore é rica em triterpenoides pentacíclicos, compostos biologicamente ativos com propriedades anti-inflamatórias e anticancerígenas.

As folhas e os caules também apresentaram alto teor de escualeno, uma substância natural com propriedades antioxidantes e hidratantes. Mais estudos são necessários para identificar outros compostos com possíveis benefícios anticancerígenos nos tecidos da árvore.

 

 

 

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