Rádios clandestinas que colocavam em risco o maior aeroporto do Brasil são desativadas

Uma operação do MPF (Ministério Público Federal) desativou cinco rádios clandestinas que estavam operando na Grande São Paulo. A ação foi realizada nesta terça-feira (24), e as rádios representavam um risco de interferência nas atividades do Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Avião decolando no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Rádios clandestinas colocavam em risco operações do local

Rádios clandestinas colocavam em risco operações do Aeroporto Internacional de Guarulhos – Foto: Reprodução/Estadão/ND

Segundo a Anatel, foram realizados cortes em cinco pontos de furto de energia e recolhidos quase 500 kg de fios e cabos de energia proveniente de furtos. Os nomes das rádios, que operavam na Serra da Cantareira, não foram revelados. Um transmissor e uma antena também foram apreendidos.

A Agência informou em nota que as rádios clandestinas operavam em condições precárias e “tem alto potencial de causarem interferências prejudiciais nas operações de comunicação e radionavegação do Aeroporto Internacional de Guarulhos”.

Funcionamento das rádios clandestinas chegou a cancelar voos

As rádios chegaram a afetar as operações do Aeroporto de Guarulhos duas vezes, entre agosto e setembro. A presença de sinais interferentes comprometeram os Sistemas Globais de Navegação por Satélite, uma espécie de GPS para os aviões.

A primeira vez foi no dia 29 de agosto. Na ocasião, voos foram atrasados e até cancelados por conta dos sinais de radiofrequência dos aviões. A Anatel teria indicado que o sinal teria partido do centro de Guarulhos, mas que deixou de ser detectado antes que a fonte pudesse ser localizada.

Área interna do Aeroporto Internacional de Guarulhos

Funcionamento das rádios clandestinas chegou a ocasionar o cancelamento de voos – Foto: Reprodução/PontosPraVoar/ND

Na semana seguinte, no dia 3 de setembro, a interferência voltou a ocorrer, atrasando e cancelando voos no local. Neste caso, a Anatel conseguiu constatar que os sinais vinham de uma torre de celular.

“A equipe de fiscais esteve em fase de atuação e buscas para localizar a fonte da interferência e assim solucionar o problema. Os fiscais encontraram a fonte de interferência, uma torre de celular. Os fiscais desligaram a torre e fizeram testes de medição. A interferência foi cessada”, disse a Anatel na época dos casos.

*Com informações da Agência Estado

Adicionar aos favoritos o Link permanente.