Vacinas que deveriam ser enviadas pelo governo federal enfrentam desabastecimento em Brusque

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgou a ocorrência de desabastecimento de vacinas nos municípios brasileiros em setembro de 2024 e informou recentemente que há diversos imunizantes em falta. Especificamente sobre Brusque, estão em falta as vacinas da Covid e Varicela. A informação é da Vigilância em Saúde do município.

Segundo a confederação, o Ministério da Saúde é responsável pela aquisição e distribuição de todas as vacinas do Calendário Nacional de Vacinação para os municípios, enquanto os estados devem prover seringas e agulhas para que os municípios realizem a vacinação da população.

Cenário de Brusque

Segundo a diretora de Vigilância em Saúde, Carol Maçaneiro, atualmente, Brusque segue as diretrizes da Nota Técnica 89/2024, que orienta sobre a substituição de algumas vacinas em caso de desabastecimento. Porém, duas delas já estão em falta no município.

“As vacinas contra HPV, Febre Amarela e Meningo C ainda estão disponíveis na rede em Brusque, mas já enfrentam desabastecimento em nível federal. Além disso, as vacinas contra Covid-19 e varicela já se encontram em falta em níveis federal, estadual e municipal”, afirmou.

Quando questionada sobre a duração da falta de abastecimento, a diretora informou que a vacina contra a varicela está em falta desde junho, enquanto a vacina contra a Covid-19 para crianças de até 4 anos não está disponível desde o início de setembro.

Em relação à possibilidade de reabastecimento, Carol explicou que a Prefeitura de Brusque aguarda uma posição do estado.

Números gerais

De acordo com a Confederação Nacional de Municípios, para a elaboração do estudo foi conduzida uma pesquisa, aplicada via call center nos dias 2 a 11 de setembro. A amostra compreendeu 2.415 municípios de todos os estados do Brasil.

Dados da pesquisa apontam que 64,7% (1.563) dos municípios participantes relataram falta de vacinas para imunizar, principalmente as crianças brasileiras, devido à ausência de distribuição pelo Ministério da Saúde.

Alguns municípios sinalizaram a falta de determinadas vacinas há mais de 30 dias, enquanto outros relataram essa falta há mais de 90 dias. 

Ao se analisar por estado, observou-se que 83,7% (128) dos municípios de Santa Catarina relataram falta de vacinas, seguido por Pernambuco, com 80,6% (58), e Paraná, com 78,7% (155) dos municípios afetados.

O recorte por região apontou que o percentual de municípios com falta de vacinas alcançou 68,5% no Sudeste (595), 65,1% no Sul (395) e Nordeste (370), 63% no Centro-Oeste (136) e 42,9% no Norte (67).

“Dados da Fiocruz demonstram um crescimento de 66% nos casos da doença entre os meses de julho e agosto deste ano. Ou seja, o vírus ainda circula e continua causando infecções graves e óbitos. Por fim, é importante ressaltar que outro estudo da CNM, realizado no início de 2024, demonstrou que, nos últimos cinco anos, as metas de cobertura vacinal de rotina não foram alcançadas no país, exceto a BCG em 2022”, divulgou a pesquisa.


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