Fisichella sobre o Jubileu: ações concretas sobre paz e dívida

O pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização ressalta a mensagem do Papa para o Jubileu e o apelo de ajuda aos países mais pobres

Arcebispo Salvatore Rino Fisichella, responsável pelo Dicastério para Evangelização / Foto: Reprodução Vatican Media Youtube

Da redação, com Vatican News

Jubileu também deve ser acompanhado de gestos concretos, especialmente em relação aos mais pobres. O arcebispo Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, durante o evento “Globalizar a solidariedade”, promovido pela empresa italiana de serviços de consultoria e auditoria, Deloitte, cem dias antes da abertura da Porta Santa, disse que nossas sociedades apresentam “aspectos paradoxais. Por um lado, o de uma riqueza que aumenta para poucos; e por outro, o de uma pobreza que aumenta para muitos mais”.

Muitos países abaixo da linha da pobreza

Dom Fisichella destacou que “há países inteiros que vivem abaixo da linha da pobreza e, portanto, não é por acaso que no documento que anuncia o Jubileu, o Papa também faz um apelo urgente aos grandes da Terra para que pensem nas grandes questões, em primeiro lugar a dívida”. Outra questão importante é “combater a pena de morte onde ela existe”.

Milhares de inscrições para o Jubileu de 2025

Faltando cem dias para a abertura da Porta Santa do Jubileu de 2025, o pró-prefeito do Dicastério vaticano garantiu que tudo está ocorrendo como planejado. “Já estamos recebendo milhares de registros de peregrinações nacionais. A máquina que já estava em movimento agora se torna mais dinâmica. Estamos prontos”, disse dom Fisichella. Com relação às estimativas de chegadas, que poderiam ser de 32 milhões, o prelado informou que se trata de “projeções”, no entanto, acrescentou: “O que posso dizer é que nas dioceses de todo o mundo vejo muito interesse e um grande sentimento de querer participar do Jubileu”.

Canteiros de obras dentro do prazo

Sobre o estado dos canteiros de obras para o Jubileu de 2025, o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri, fez um balanço durante o evento da Deloitte: “Estamos dentro do prazo. Algumas obras devem ser concluídas até dezembro e outras até março, outras até o verão no caso de Tor Vergata. Elas têm cronogramas diferentes e também há obras “com” o Jubileu e não “para” o Jubileu, planejadas após o Ano Santo. Há obras para o Jubileu que não podem ser adiadas, enquanto outras não devem ser concluídas para a abertura da Porta Santa”. Sobre o canteiro de obras da Piazza Pia, o primeiro cidadão de Roma disse que concluí-lo “em menos de dois anos é um recorde, algo que nunca aconteceu na Itália”.

O Jubileu é uma ocasião para resolver disparidades

Durante a conferência da Deloitte foi apresentado o estudo “Globalizar a solidariedade”. O estudo revelou que o custo anual da inação em relação às principais questões socioeconômicas da atualidade chega a cerca de 66 trilhões de dólares, ou seja, 63% do PIB global. As mudanças climáticas, o envelhecimento da população e a polarização da riqueza correm o risco de produzir enormes desequilíbrios que têm repercussões em milhões de pessoas. As sondagens de opinião realizadas na Itália, França, Alemanha, Espanha, Grã-Bretanha e EUA mostram que hoje cerca de 8 a cada 10 pessoas (91% no caso da Itália) pensam que a nossa época seja marcada por uma maior complexidade do que no passado. Em comparação com os desafios do nosso tempo, menos de uma a cada duas pessoas acredita que está sendo feito todo o possível no âmbito internacional para os resolver.

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