Eleição em Brusque: “Temos que fazer ligações entre bairros”, diz João Martins (PSD); veja entrevista

Nome de urna: João Martins (PSD)
Candidato a vice: Nik Imhof (MDB)
Coligação: As Pessoas em Primeiro Lugar (PSD, MDB, União Brasil e Federação PSDB-Cidadania)
Número de urna: 55
Idade: 34 anos
Profissão/ocupação: empresário têxtil

O candidato João Martins (PSD) é empresário têxtil. Ele concorre ao cargo de prefeito pela coligação As Pessoas em Primeiro Lugar, formada por PSD, MDB, União Brasil e Federação PSDB-Cidadania. O candidato a vice na chapa de João é Nik Imhof (MDB). Ao jornal O Município, ele falou sobre propostas e ideias para o mandato. Confira abaixo a entrevista.

Brusque enfrenta anualmente transtornos relacionados a cheias e enchentes. Qual a sua proposta de investimento em ações preventivas relacionadas às mudanças climáticas?

Dar sequência no canal extravasor. Há alguns pontos do canal extravasor que estão de maneira inadequada, estrangulando o rio. Temos que voltar a dar a vazão necessária. Temos que pensar também no desassoreamento do rio. Na última enchente, vimos várias máquinas do poder público jogando barro e areia dentro do rio. Isso faz com que o rio perca profundidade e a água saia cada vez mais rápido.

Fora isso, as bocas-de-lobo precisam estar sempre limpas. Já provamos que, se o canal extravasor funcionar, nossa cidade se livra das cheias. Há alguns pontos que, por culpa do poder público, acabaram atrapalhando nossa cidade, que foi a situação da barragem do Samae, perto da rua Francisco Sassi, que acabou com as casas.

A construção da ETA Cristalina, que futuramente será importante para o abastecimento de água do município, ainda é um objetivo distante. Como o senhor pretende de fato tirar essa obra do papel para que ela seja entregue o mais rápido possível?

A autarquia do Samae tem uma arrecadação grande, que dá para dar sequência na obra e até tinha dinheiro em caixa para que fosse feita. Não sei por qual motivo, se por má administração, aquilo se encontra da maneira que está. Está bem abandonado.

Tem muito dinheiro jogado ao vento. Com certeza, falta uma melhor atenção àquele local por parte do poder público. Temos que fazer e acabar. Uma obra começa e tem que terminar.

O preço do aluguel em Brusque está cada vez mais alto. Quais as suas propostas para atender a população de baixa renda que precisa de moradia? O senhor pretende construir moradias populares? Caso sim, em quais modelos?

Se eu e o Nik tivermos os votos necessários para sermos prefeito e vice de Brusque, a partir de janeiro de 2025 vamos abrir as inscrições para o plano habitacional. Teremos modalidades: terreno solidário, em que a prefeitura vai dar o terreno e a pessoa vai construir a casa; e casa pronta. Não será característica de prédio.

Serão casas mesmo ou terrenos para as pessoas construírem. Cada uma no seu projeto, não todas iguais, até para dar uma boa dignidade a essas pessoas.

Hoje, nossa cidade precisa de mão de obra, que está vindo. Com a mão de obra vindo, o aluguel tem mais procura e o preço sobe. Isso cria uma dificuldade para as pessoas que já vivem aqui e para as que vêm para cá. Vamos fazer o plano habitacional.

Apesar de ser de uma família com histórico na política, o senhor disputa uma eleição pela primeira vez e já concorre ao cargo de prefeito. Por que o senhor optou por disputar um cargo tão alto se o senhor não possui nenhuma experiência em mandatos eletivos e nunca sequer disputou uma eleição antes?

Eu vejo que, para alguém ser prefeito, não precisa ser político de carreira. Eu tenho como profissão a gestão, sou empresário do ramo têxtil. Vejo que o prefeito tem que ter competência de fazer como se fosse em uma empresa: colocar as pessoas certas nos lugares certos e depois cobrar delas os resultados.

Não é porque serei prefeito que tenho que ter experiência na área da saúde, infraestrutura ou educação. Tenho que ter experiência de saber que, para algo funcionar bem, de fato dar à população o que é de necessidade, precisa das pessoas certas nos lugares certos.

Vou fazer o papel do prefeito, pois tenho humildade de sobra. Vou tirar a bunda da cadeira, sair da rede social, e vou na ponta ver qual o problema da população para passar para os secretários para que possam fazer um bom trabalho.

O senhor promete zerar a fila de creches em seu plano de governo. Há mais de 1 mil crianças na fila. Vários prefeitos passaram e a fila continua crescendo. É importante lembrar que a fila é dinâmica. O senhor fala em comprar vagas em creches privadas a curto prazo. Há mais de 1 mil vagas para comprar?

Não, mas em nenhum momento falei que vamos zerar a fila de creches no primeiro ano. Até como mostra em matéria do próprio jornal O Município, em janeiro tínhamos 700 e poucas crianças na fila por vagas em creches. Agora, em julho, outra matéria do jornal O Município diz que esse número passou de 700 para 1 mil.

Dessa maneira fica claro que, do jeito que o atual prefeito está agindo, a coisa está piorando. Se o número que era de 700 hoje fosse 600, nós iríamos ver que estaria melhorando. Mas nós tínhamos 700 e hoje são mais de 1 mil, quer dizer que piorou 50%.

Se comprarmos 100 vagas, serão menos 100 crianças que estarão esperando para estudar e menos 100 pais que poderão complementar a renda da família. Depois, vamos construir novas creches, como no Limeira que está em construção e precisa de celeridade para acabar.

Candidato, o senhor é apadrinhado politicamente pelo ex-prefeito Ciro Roza. Se eleito, qual o papel ele terá no seu governo?

O apoio do ex-prefeito Ciro Roza é um apoio no qual fiquei muito feliz e lisonjeado em ter recebido. Gostem ou não gostem, todo mundo que passa por Brusque sabe que ele teve uma importância gigantesca no crescimento da nossa cidade.

Muitas obras da nossa cidade foram feitas por ele. Na gestão do meu mandato, no caso, seja eu eleito, não tenho compromisso nenhum de que o Ciro estará na prefeitura, até porque o Ciro nunca pediu isso.

O Ciro queria, sim, escolher pessoas que pudessem dar para Brusque aquilo que a cidade já teve: uma cidade feliz, organizada e com crescimento, que pudesse atender prontamente às pessoas com mais necessidade, sem ficar em uma fila de creche com mais de 1 mil crianças.

O que tenho de compromisso com o Ciro é fazer um mandato eficiente e que vai olhar para as pessoas. É a única coisa que o Ciro me pediu: “João, atenção às pessoas”, que é o slogan da campanha: “as pessoas em primeiro lugar”. O Ciro nunca me pediu um cargo, nunca disse “vai ter que ser assim”.

Uma das suas propostas é reformar as UBSs. O senhor pretende reformar todas as unidades? Como esse trabalho seria realizado e de onde sairia o recurso?

O nosso plano de governo fala que temos a intenção de reformar algumas UBSs. Eu não posso dizer que serão todas as UBSs, até porque não coloquei isso no plano de governo. Recurso tem um monte, é só querer buscar. É só falar com deputados, senadores e trazer recursos para Brusque. Nossa população paga muito imposto e pouco está sendo entregue a ela.

O que precisa ter é boa gestão e boa vontade. Tem que tirar a bunda da cadeira e partir para resolver. Se ficar só na cadeira do prefeito reclamando não terá boa gestão para resolver o problema.

Em nosso plano de governo, temos o “Chama o Gerente”. Em todos os postos de saúde, teremos um gerente para fazer a gestão, para poder escutar as demandas dos funcionários públicos da área, o que eles têm de dificuldades para prestar um bom serviço à população e o que estar à disposição da população, caso algum atendimento não for a contento.

A ideia é ter uma pessoa específica para que a resposta seja de prontidão. A sociedade não pode ficar clamando por atendimento melhor se não houver e o funcionário público não pode ficar pedindo por melhores condições de trabalho e ninguém dar ouvidos a ele.

O trânsito no município é intenso em horários de pico, sobretudo em períodos que pontes sofrem danos e precisam ser interditadas e enchentes afetam a Beira Rio. O senhor propõe abrir novas ruas na cidade. Como fazer isso?

Não vamos resolver o problema do trânsito mudando o sentido. Vamos resolver o problema do trânsito abrindo novas vias. Já existia, lá atrás, um projeto que ligaria o Guarani a Guabiruba pelo Jardim Maluche. Temos a situação do anel viário do Limeira, que é importante. Temos a Beira Rio, agora no sentido ao Dom Joaquim. Depois, teremos no sentido Limoeiro.

São obras de infraestrutura importantes que precisam ser feitas. No Limeira, na rua da Boêmia, dá para cortar por cima direto e sair no Poço Fundo. O trânsito todo da cidade que teria que ir para aquele local, já corta. Temos que fazer ligações entre bairros para tirar o fluxo de carros da região central.

Recado do candidato ao eleitor

Temos entendido a mudança que as pessoas querem que tenha em nossa cidade. Nossa população vê que a mudança tem que existir. Tanto eu quanto o Nik colocamos os nossos nomes à disposição não porque queremos a política para nos servirmos dela, mas porque vimos na política a oportunidade de, por meio dela, poder servir as pessoas da nossa cidade.


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