Manutenção do campus é prioridade, diz reitor da UFSC

Reinvindicação antiga da comunidade universitária, a revitalização da estrutura do campus da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) deve ocorrer ainda este ano. À frente da principal instituição de ensino superior do Estado desde julho de 2022, o reitor Irineu Manoel de Souza visitou o Grupo ND na quinta-feira (14), quando foi recebido pelo presidente Marcello Corrêa Petrelli e, em entrevista ao ND Notícias, afirmou que a melhoria na infraestrutura é prioridade da gestão.

Irineu Manoel de Souza, reitor da UFSC – Foto: Leo Munhoz/ND

“As universidades tiveram uma redução de 50% nos orçamentos nesse período (desde que assumiu) e, na pandemia, os prédios ficaram abandonados. Agora temos tempo de fazer um bom diagnóstico e estamos lutando para conseguir recursos, além do orçamento da universidade, como algumas emendas parlamentares”, destacou.

O reitor reforçou que a revitalização deve contemplar desde pequenos reparos a trocas de equipamentos antigos.

“Cortar a grama, cuidar dos jardins, dos prédios, das goteiras, até a questão de falta de aparelhos de ar-condicionado. São todos muito velhos e esse é um investimento elevado, considerando que a universidade tem 7.000 aparelhos, mais os bebedouros, as geladeiras”, explicou.

De acordo com Souza, a ideia é fazer o campus da UFSC, principalmente o de Florianópolis, que fica no bairro Trindade, voltar a ser “o melhor do Brasil” e proporcionar mais qualidade e conforto à comunidade universitária.

“Nossa ideia é valorizar a questão do cuidado, de proteger nosso maior patrimônio, que é a universidade pública. Essa manutenção física também interfere naturalmente na imagem da instituição. Ela tem que ser atrativa. Queremos que nossos estudantes tenham mais amor pela UFSC.”

Greve na UFSC

O reitor também comentou sobre a greve dos servidores TAEs (técnicos-administrativos em educação), deflagrada na última segunda-feira em pelo menos 56 entidades federais de ensino superior de todo o Brasil.

“É um movimento nacional, não é da UFSC. Esses servidores estão há nove anos sem reajuste salarial e os salários estão muito aquém do trabalho que é realizado. É uma vergonha o que se paga hoje para um técnico administrativo numa universidade pública federal como a nossa. São valores baixíssimos”, pontuou.

“Há necessidade de uma nova carreira, alguns cargos não fazem mais sentido. Busca-se um novo plano de cargos e salários e, consequentemente, o reajuste dos vencimentos”, completou.

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