Amin topa aposta de Pitanta e diz acreditar na abertura do Contorno até o final de julho

O senador Esperidião Amin (PP) é um dos maiores críticos ao contrato de concessão da BR-101 que prevê a construção do Contorno Rodoviário da Grande Florianópolis e tem realizado ao longo de seu mandato relatórios mensais sobre a execução da obra. No programa Cabeça de Político desta quinta-feira, no entanto, o ele resolveu dar um voto confiança público à concessionária Arteris, que prevê a abertura da obra ao tráfego até o final de julho.

Amin aceitou a aposta de um político ainda mais cético que ele, o folclórico vereador palhocense Nirdo Arthur Luz, o Pitanta (PSD), que não acredita que o novo prazo de conclusão dado pela concessionária será cumprido. O senador, que antes também duvidava, agora paga para ver e aposta na abertura do tráfego da nova pista entre Biguaçu e Palhoça.

Vou dizer aqui em público. Vou topar a aposta do Pitanta. Até hoje eu não quis topar a aposta, mas hoje vou  apostar como em julho, a Operação do Contorno, entrar no Inferninho e sair na Trombeta, ou seja, Palhoça, é possível. Não que a obra estará pronta. Mas é possível ir do Sul para o Norte e do Norte para o Sul, no Contorno. Isso eu vou apostar que vai acontecer, porque nós estamos conseguindo corrigir a média da execução semanal. A média de execução está se aproximando disso – avaliou Amin.

No entanto, alerta o senador, ainda há gargalos a serem sobrepostos para finalização da obra em si. Entre eles, o sistema de túneis distribuídos ao longo do trajeto.

A operação dos túneis, que é um negócio muito complexo, são 21 sistemas que os túneis têm que observar, desde monóxido de carbono até ventilação. Câmeras. Essa ainda me preocupa ainda mais do que a obra. Mas a passagem do ponto A para o ponto B, isso vai ser possível – cravou o senador.

O senador mantém as críticas ao contrato assinada em 2008, no segundo mandato do Lula (PT). A Arteris pede a ampliação do contrato para executar obras de terceiras faixas em Itajaí e Joinville, pontos estrangulados da BR-101, mas não previstas no acordo original.

Amin não quis opinar sobre a continuidade da Arteris ou abertura de novo edital de concessão ao final do contrato, mas disse que os atuais termos não podem continuar.

A decisão não é minha (nova concessão ou ampliação da atual). Mas o contrato não pode ser o mesmo. O contrato assinado em 2008 é burro. Ele ameaça com multas que não são aplicadas. Ele é de antes do cadastro positivo, que é a premiação do que for cumprido. A empresa, para executar essa obra, tem que ser premiada. Estamos arrancando essa obra para gerar mais despesa para ela. Os 50 quilômetros terão que ser conservados. Tem lugares ermos ali em que o problema de segurança será sério. A empresa só tem a perder, então tem que premiar. Seja numa licitação ou renovação, tem que mudar – concluiu Amin.

Veja o trecho do Cabeça de Político em que Amin fala do Contorno da Grande Florianópolis:

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