Nude da Mel Maia? Veja outras famosas que sofreram com ‘deep fakes’

Nude da Mel Maia? Vídeos de supostas cenas de sexo entre a atriz Mel Meia e o traficante William Sousa Guedes, conhecido como Corolla, vazaram na internet na quinta-feira (4). No entanto, o rosto da jovem foi colocado artificialmente nas imagens, através de IA (Inteligência Artificial), assim como já aconteceu com outras famosas.

Mel Maia foi vítima de deep fake – Foto: Divulgacão/Observatório dos Famosos/ND

Nude da Mel Maia?

As imagens viralizaram depois que Corolla, um dos chefes do tráfico da facção Comando Vermelho, foi preso na Zona Norte do Rio de Janeiro, na quarta (3).

O conteúdo do celular do traficante vazou na internet depois que o aparelho foi apreendido pela Polícia Civil.

‘Deep nudes’

Os “deep nudes” são um tipo de “deep fake” em que pessoas produzem falsos nudes com IA, baseada em fotos publicadas nas redes sociais.

No caso de Mel Maia, o rosto dela foi recortado e substituído pelo da mulher que aparece nas cenas de sexo, que são reais.

De acordo com um levantamento da ONG SaferNet Brasil, as mulheres são as mais afetadas pela exposição de imagens íntimas sem consentimento e representam 55% das vítimas.

Mel Maia foi vítima de deep fake – Foto: Divulgação/Observatório dos Famosos/ND

O Art. 216B do Código Penal prevê pena de seis meses a um ano de detenção, além do pagamento de multa, para pessoas que produzirem, fotografarem ou registrarem “conteúdos com cena de nudez ou ato sexual” sem autorização dos participantes.

Para especialistas, alguns casos de deep nudes também podem ser enquadrados no crime de importunação sexual, Lei n.º 13.718, que tipifica a divulgação, troca e venda de conteúdos com cenas de estupro de vulnerável, sexo ou pornografia, com pena de 1 a 5 anos de reclusão.

Outras famosas que já foram vítimas do ‘Deep Nudes’

Famosas como Gal Gadot, que interpretou a super-heroína Mulher-Maravilha nos cinemas, e a atriz brasileira Isis Valverde também já tiveram fotos alteradas por inteligência artificial.

Isis chegou a registrar uma ocorrência na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática, da Polícia Civil do Rio de Janeiro, em outubro deste ano, logo depois que as fotos fakes começaram a circular.

Pelo menos três fotos da atriz foram modificadas por criminosos, utilizando a inteligência artificial – Foto: Reprodução

No início deste ano, a cantora Taylor Swift também foi vítima dos criminosos da deep fake.

Supostas imagens dela em momentos íntimos com o namorado começaram a circular em um grupo do Telegram e rapidamente se tornaram virais no X, antigo Twitter.

Uma só publicação chegou a reunir mais de 45 milhões de visualizações, 24 mil compartilhamentos e centenas de milhares de curtidas.

Taylor Swift foi vítima de deep fake – Foto: Reprodução/NY Times/ND

Em 2022, Anitta também foi vítima. Supostas cenas de sexo com a cantora foram compartilhadas em grupos de WhatsApp.

“Não se trata de Anitta, mas sim uma ação criminosa que utiliza de recursos digitais para enganar o público, fazendo uma inserção do rosto de uma pessoa em outra. Neste caso, muito mal feito, por sinal”, disse a assessoria, na época.

Como denunciar?

O ambiente virtual também está incluído em leis específicas que determinam o que deve ser feito a partir de crimes cometidos na internet.

Em casos como o compartilhamento de deep nudes, é possível denunciar:

• Em delegacias especializadas em crimes cibernéticos, além da delegacia da mulher
• No site da SaferNet, para casos envolvendo pessoas menores de 18 anos
• E no StopNCII.org, plataforma criada para ajudar vítimas que tiveram conteúdos (falsos ou não) divulgados sem consentimento