Demorou, mas o MDB de Joinville encontrou um pré-candidato a prefeito

O MDB de Joinville deve lançar como pré-candidato a prefeito um nome conhecido nas rodas políticas da cidade que tem o maior eleitorado do Estado, mas que nunca disputou eleições ou teve maior visibilidade política.

Luiz Claudio Gubert deve ser o nome escolhido pelo MDB de Joinville para disputar a prefeitura. – Foto: Sabrina Seibel/Câmara de Joinville/Divulgação/ND

Após o deputado estadual Fernando Krelling (MDB) e o ex-vereador Rodrigo Fachini (MDB) declinarem a possibilidade, o nome escolhido deve ser o ex-secretário municipal e ex-procurador geral do município, Luiz Cláudio Gubert (MDB).

Curiosamente, Krelling e Fachini, os dois nomes especulados anteriormente, participaram da disputa de 2020, vencida pelo atual prefeito Adriano Silva (Novo), mas em tricheiras diferentes. Naquela disputa, Krelling concorreu a prefeito e ficou em terceiro lugar, enquanto Fachini, filiado ao PSDB, foi vice na chapa de Darci de Matos (PSD), segundo colocado.

Ex-presidente da Câmara de Vereadores, Fachini retornou ao partido este ano e priorizou a pré-candidatura a vereador. Uma candidatura dele a prefeito também poderia desagradar os nomes mais próximos do ex-prefeito e desafeto Udo Döhler (MDB).

MDB de Joinville prioriza chapa de vereadores

Por sua vez, Gubert é, como ele mesmo diz, um soldado do partido. Servidor de carreira da prefeitura de Joinville por 30 anos, ele ocupou por indicação do MDB a Secretaria de Administração na gestão de Marco Tebaldi (PSDB) e foi procurador-geral com Udo Döhler, além da direção geral da Câmara de Vereadores.

A provável escolha por Gubert mostra a intenção do MDB de Joinville e do diretório estadual de não deixar o partido fora da disputa pela prefeitura – marcada pelo favoritismo de Adriano Silva, pela pré-candidatura ideologicamente ligada ao bolsonarismo do deputado estadual Sargento Lima (PL) e pela tentativa do PT de reaglutinar o voto de esquerda na pré-candidatura do ex-prefeito Carlito Merss.

Nesse cenário, a intenção é garantir o 15 na urna para fortalecer a chapa de candidatos a vereador, sem expor fragilizar a liderança de Krelling com outra possível derrota eleitoral