Adolescente que planejou massacre em escola da Grande Florianópolis é internado provisoriamente

O adolescente que esfaqueou o colega dentro de uma escola pública em Palhoça, na Grande Florianópolis, na manhã desta terça-feira (2), foi internado provisoriamente à pedido do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina). O estudante de 14 anos também foi representado por ato infracional análogo ao crime de homicídio tentado.

Escola de Palhoça sofre ataque de aluno

Estudante suspeito de esfaquear colega dentro de escola, na Grande Florianópolis – Foto: Reprodução/ND

A medida foi tomada em conformidade com o artigo 122 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), o qual determina que a internação só poderá ser aplicada quando se tratar de ato infracional mediante grave ameaça ou violência a pessoa.

A Promotora de Justiça Bartira Soldera Dias também pontuou que, com o deferimento da internação provisória, o adolescente poderá receber acompanhamento psicológico.

Adolescente teria planejado massacre na escola

Conforme destacado pelo MP, o adolescente teria planejado, por um longo período, fazer um massacre na escola. Dessa forma, por volta das 7 horas da manhã desta terça-feira, munido de duas facas, ele teria tentado colocar o plano em prática.

Com uma das facas, o jovem desferiu então um golpe contra outro adolescente, que, conforme apurado, ele sequer conhecia. Em seguida, ainda com as duas facas em punho, ele teria tentado atacar outros alunos, o que não chegou a acontecer, uma vez que os estudantes conseguiram fugir.


Estudante é apreendido após esfaquear colega na Grande Florianópolis – Vídeo: Reprodução/ ND

A vítima, de 15 anos, sofreu lesões leves, tendo recebido atendimento do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) no local. Em seguida, o adolescente foi encaminhado para uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento).

À polícia, o adolescente que planejou o ataque alegou que foi motivado por raiva, já que, segundo ele, teria sofrido bullying em outras escolas que frequentou nos anos anteriores. Essa afirmação do aluno, no entanto, nunca chegou a ser relatada aos pais ou professores.

“Assim, na representação, a Promotora de Justiça aponta que o ato infracional teria sido praticado por motivo torpe e, ainda, mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima, haja vista que esta foi atingida pelas costas, quando não esperava ser atacada”, ponderou o MP.

Escola de Palhoça onde ocorreu ataque que deixou um adolescente ferido – Foto: Reprodução/Google Streetview/ND

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