Entrevista: Valdinei Albino, do Grupo Avaí Eterna Paixão “Amor e Solidariedade”

Valdinei Albino, comanda o Avaí Eterna Paixão, grupo que destaca pelo apoio ao próximo. – Foto: Arquivo Pessoal/ND

ENTREVISTA: Valdinei Albino, do Grupo Avaí Eterna Paixão.

Aos 49 anos, o manezinho Valdinei Albino, do bairro do Rio Vermelho, aqui em Florianópolis, é o líder do Grupo Avaí Eterna Paixão, que além de se reunir para torcer pelo Avaí, também promovem campanhas beneficentes em prol de entidades e de comunidades carentes. Neste bate papo, Valdinei fala do seu amor ao Leão e da lição de vida que ele e seus amigos tem nesta missão de ajudar o próximo.

Primeiro fale dessa sua paixão pelo Avaí. Vem desde quando? Lembras do primeiro jogo e de algum fato curioso?

Eu só torço pelo Avaí: uma admiração que passei a ter quando comecei a frequentar o estádio da Ressacada. Uma curiosidade que eu tinha, pois, o meu falecido pai, que nos deixou em 1987, tinha o hábito de ouvir programas esportivos. E eu ficava imaginando como devia ser a sensação de estar em uma arquibancada. Oportunidade que eu tive em 1988, diante da Blumenau no jogo que deu o título Estadual de 1988 para o Leão. Chegamos na Ressacada com tanta gente, e ficamos ali “perdido” na costeirinha, um espaço popular onde só dava para ver o gramado, a bola e a cintura dos jogadores pra baixo. Ai com a festa, o grito de “é campeão” os gols naquele ambiente alegre, não teve como eu deixar de ser torcedor do Avaí.

Quando surgiu a ideia de criar o grupo Avaí Eterna Paixão? Era o pensamento inicial de ajudar as pessoas e entidades com campanhas de arrecadação?

Como eu trabalho em uma loja no Centro da Capital, comecei a juntar contatos de vários avaianos e não avaianos. E então os amigos me pediam para criar um grupo para reunir essa turma. A estreia do grupo Avaí Eterna Paixão, foi em um jogo contra o Joinville fora de casa com 180 participantes. Pensa no agito no intervalo, já que o Avaí estava perdendo o jogo por dois a zero. A ideia inicial era para falar do futebol em geral. No entanto como foi agregando pessoas boas surgiu a chance de reunir esses contatos em um carreteiro em 2015. Só que antes, em maio deste ano, o conhecido torcedor Faísca (Edevaldo da Silveira) pediu ajuda para um conhecido que tinha perdido a sua casa em incêndio no bairro do Campeche. No momento em que esse pedido de ajuda entrou no grupo, imediatamente arrecadamos roupas, comidas, remédios e material de construção. Foi gratificante essa lembrança. E sobre o carreteiro, ele está na agenda de programações, onde na entrada arrecadamos brinquedos que doamos em comunidades carentes.

Quais as boas lembranças desses anos de existência do Grupo Avaí Eterna Paixão?

Agora pegasse pesado na pergunta. As lembranças são muitas. Certa vez fizemos uma campanha para arrecadar cadeiras de rodas. O Judson, atleta do Avaí, por iniciativa da sua esposa doou o valor equivalente a quase 2 cadeiras de rodas.  Foi emocionante. Lembro de também de uma campanha em prol do CEPOM (Centro de Pesquisas Oncológicas) onde levamos um café colonial para servir para os pacientes. E vê-los chorando pelo nosso carinho, não teve jeito: não seguramos o choro. O grupo também arrecadou uma grande ajuda para o ex-atacante Juti, campeão de 1975 e que perdeu uma perna por causa da diabete e vive de auxílios. E vários outros projetos. A verdade é que, sem nenhuma vaidade, eu e todos os amigos do Avaí Eterna Paixão temos essa necessidade de ajudar quem precisa. Além de torcemos para o Avaí, temos essa missão: ajudar e amparar o próximo sempre que possível.

Juti ao lado do ex-ponta João Carlos Cueca com a homenagem recebida pelos torcedores – Foto: Avaí Eterna Paixão/divulgação

Donativos arrecadados que foram entregues no Cantinho dos Idosos. Mais uma dentre tantas ações do Grupo Avaí Eterna Paixão.- Foto: Grupo Avaí Eterna Paixão/divulgação

 

Adicionar aos favoritos o Link permanente.