Risco à saúde: OMS alerta para circulação de Ozempic falsificado no Brasil

A OMS (Organização Mundial da Saúde) emitiu um alerta sobre a presença de semaglutidas da marca Ozempic falsificadas, que foram detectadas no Brasil, no Reino Unido e Estados Unidos.

Caneta Ozempic ficou amplamente conhecida após virar ‘moda’ entre pessoas que buscam reduzir o peso de forma rápida – Foto: Reprodução/Ozempic -fabricante/ND

Lotes de Ozempic falsificados

Esses medicamentos são amplamente utilizados no tratamento da diabetes tipo 2 e também para perda de peso. A falsificação foi identificada em três lotes específicos: LP6F832, NAR0074 com o número de série 430834149057, e MP5E511.

Os três lotes falsificados foram detectados no Brasil e Reino Unido em outubro de 2023, e nos Estados Unidos em dezembro de 2023.

Yukiko Nakatani, diretora-geral adjunta da OMS para o Acesso a Medicamentos e Produtos de Saúde, falou sobre a gravidade da situação:

“Aconselhamos os profissionais de saúde, as autoridades reguladoras e o público a estarem atentos a estes lotes falsificados de medicamentos. Apelamos às partes interessadas para que interrompam qualquer utilização de medicamentos suspeitos e informem as autoridades relevantes”.

Incidentes graves pelo medicamento adulterado

Produto falsificado foi encontrado no Brasil e pode trazer muitos riscos à saúde – Foto: Reprodução/UN Agency/ND

Conforme o Daily Mail, a MHRA (Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde) registrou incidentes de convulsões e até comas após o uso de Ozempics falsificados vendidos online no Reino Unido.

Lynsay McAvoy, uma escocesa de 42 anos, quase morreu após injetar o medicamento falsificado comprado na internet. Shannon Flannery, de 27 anos, sofreu vômitos intensos e urinou sangue após usar uma versão falsa do medicamento adquirida pelo Instagram.

Medicação se popularizou na internet por promover perda de peso – Foto: Reprodução/@CBCNS/ND

Segundo a OMS, os medicamentos falsificados podem não conter semaglutida ou conter outros componentes, como insulina, que causam efeitos imprevisíveis e potencialmente fatais.

O uso de insulina não supervisionada pode levar a uma queda rápida nos níveis de açúcar no sangue, resultando em complicações graves como convulsões e coma.

A diretora-geral adjunta da OMS alerta que o uso de qualquer uso de medicamentos suspeitos seja interrompido e informado às autoridades competentes.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.