Trio de facção é condenado a quase 200 anos por matar casal de adolescentes em Florianópolis

A Justiça de Santa Catarina condenou os três homens suspeitos de envolvimento na morte de um casal de adolescentes em outubro de 2021, na cidade de Santo Amaro da Imperatriz, na Grande Florianópolis. Os réus, que não tiveram as identidades reveladas, receberam sentenças de 46, 63 e 67 anos de prisão.

Casal de adolescentes foi morto por integrantes de facção

Réus sequestraram casal de adolescentes na região do bairro Rio Vermelho, em Florianópolis, e as levaram até um cativeiro no bairro Brejaru, no município de Palhoça – Foto: facção

Conforme apurado, as vítimas, um rapaz de 17 anos e uma jovem de 15 anos, teriam matado um motorista de aplicativo na região de Florianópolis, o que provocou uma retaliação da facção criminosa da qual os réus faziam parte.

A sessão do Júri foi realizada em Santo Amaro da Imperatriz, entre terça (18) e quarta-feira (19), e teve duração de 22 horas. Os réus foram condenados pelos crimes de sequestro e cárcere privado, duplo homicídio qualificado, participação em organização criminosa, majorada pelo emprego de arma de fogo com participação de adolescente, e corrupção de menor.

Relembre o crime que vitimou casal de adolescentes

De acordo com a investigação policial, em outubro de 2021, dois dos réus sequestraram as vítimas na região do bairro Rio Vermelho, em Florianópolis, e as levaram até um cativeiro no bairro Brejaru, no município de Palhoça. Lá, segundo a polícia, eles mantiveram os adolescentes por três dias, até que a facção criminosa à qual pertenciam autorizasse a execução do casal.

Após essa autorização, os réus teriam colocado as vítimas no porta-malas de um carro e os levado até Santo Amaro da Imperatriz. No local, os adolescentes foram amarrados com fita plástica pelas mãos e pelos pés, e alvejados por disparos de arma de fogo.

O terceiro réu, embora não estivesse no local do crime, teria sido o encarregado de prestar todo o suporte necessário à consumação do crime, o que incluiu a queima do carro utilizado para transportar as vítimas. Ele também foi identificado, de acordo com a investigação, como o responsável geral da facção criminosa no município de São José.

Na acusação, a promotoria salientou que o crime foi praticado por motivo torpe, uma vez que caracterizou a aplicação de punição sumária às vítimas, sob ordens da facção criminosa.

Como os nomes dos réus não foi divulgado, a reportagem não localizou as respectivas defesas para que se manifestassem.

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