Em uma entrevista divulgada no domingo (18), Beyoncé compartilhou que enfrenta psoríase, uma condição crônica que afeta a pele e, no caso da cantora, o couro cabeludo. Quando a condição se manifesta nessa região, é chamada de psoríase capilar.

Beyoncé revelou que sofre de psoríase – Foto: Reprodução/Beyoncé-site/ND
O alerta da artista deixa uma pergunta no ar:
Afinal, o que é psoríase?
Segundo o manual MDS, usado por médicos em todo o mundo, a psoríase é uma doença crônica e recorrente que causa o aparecimento de uma ou mais placas vermelhas, levemente salientes, que têm escamas prateadas e uma extremidade definida entre a placa e a pele normal.
O MDS explica que para tratá-la, são utilizados medicamentos tópicos, luz ultravioleta e, em alguns casos, medicamentos por via oral ou injetáveis. Embora seja mais comum em pessoas entre 16 e 22 anos e entre 57 e 60 anos, a doença pode afetar pessoas de todas as idades.
Por qual motivo aparece a doença?
A doença ocorre devido a um crescimento anormalmente rápido das células da pele, cuja causa exata é desconhecida, mas acredita-se que problemas no sistema imunológico desempenhem um papel importante. A condição tende a ocorrer em famílias e está associada a certos genes.
No entanto, há outros fatores que podem causar a condição. Entre eles estão:
- Pequenos ferimentos na pele;
- Queimaduras solares;
- Infecção pelo HIV;
- Infecção por estreptococos (como garganta inflamada);
- Certos medicamentos (como alguns para pressão alta e artrite);
- Estresse emocional;
- Beber álcool;
- Fumar, e
- Estar acima do peso podem aumentar o risco de desenvolver a doença.
Sintomas de psoríase
As lesões em placas, que é o tipo mais comum, geralmente começa com manchas vermelhas e prateadas na pele. Essas manchas podem aparecer no couro cabeludo, cotovelos, joelhos, costas ou nádegas.

Imagem mostra uma lesão por psoríase – Foto: Reprodução/MDS/ND
Às vezes, elas também afetam áreas como sobrancelhas, axilas, umbigo, ao redor do ânus e na fenda entre as nádegas e a parte inferior das costas. Muitas vezes, as pessoas com a doença também têm unhas com aparência estranha, espessas e com pontos.
Tratamento
Tratamentos tópicos: São aplicados diretamente na pele e incluem hidratantes, corticosteroides, calcipotrieno (vitamina D), alcatrão de carvão, tacrolimo e pimecrolimo. Podem também ser usadas pomadas com ácido salicílico para afinar placas mais grossas;
Fototerapia: Consiste na exposição à luz ultravioleta, podendo ser feita com luz solar natural ou artificial. Opções incluem fototerapia de banda estreita e terapia com excimer laser;
Tratamentos sistêmicos: São medicamentos que afetam todo o corpo e incluem imunossupressores como ciclosporina, micofenolato de mofetila e metotrexato, além de agentes biológicos como etanercepte, adalimumabe, infliximabe, entre outros. Estes são frequentemente reservados para casos mais graves e podem ser administrados por via oral ou injetável. Alguns medicamentos, como acitretina, isotretinoína e apremilaste, são tomados por via oral e podem ser usados para casos graves e difíceis de tratar.