O que é bradicardia que fez Arlindo Cruz ser internado mais uma vez

Babi Cruz, a esposa de Arlindo Cruz, informou em suas redes sociais que o artista foi internado em um hospital no Rio de Janeiro. Segundo Babi, o motivo da internação foi uma bradicardia.

Bradicardia fez Arlindo Cruz ser internado

Arlindo Cruz voltou a ser internado no Rio de Janeiro – Foto: Reprodução/Instagram/ND

“O Arlindo é traqueostomizado, tem GTT, tem sete anos acamado. Nós chegamos com um quadro de bradicardia, que foi controlado a tempo graças a Deus e a força que ele tem, a resistência que o Arlindo tem”, diz a esposa. E continua:

“Tudo equilibrado novamente. Dentro das possibilidades dele, dentro do quadro que ele se encontra, ele está muito bem. Foi internado para cuidar e está tudo sob controle. Eu agradeço aí a força”, diz.

Encerrando o vídeo a esposa diz que não foi preciso que Arlindo fosse internado em um Centro de Terapia Intensiva, e que estava em um quarto comum, onde ela o acompanha.

O que é bradicardia?

O médico Elcio Pires Junior, cirurgião cardiovascular e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, explica o que é a condição.

Para entendê-la, segundo o médico, é preciso primeiro exemplificar algumas condições, entre elas a arritmia. A arritmia, em sua essência, refere-se a qualquer irregularidade no ritmo cardíaco, podendo este ser rápido, lento ou irregular.

bradicardia fez artista voltar ao hospital

Arlindo Cruz foi internado após quadro de bradicardia – Foto: Reprodução/Instagram/ND

“Dentro desse amplo guarda-chuva, destacam-se dois estados comuns: taquicardia, caracterizada por batimentos cardíacos acelerados, e bradicardia, em que os batimentos são notavelmente lentos”, diz.

Segundo o profissional, pacientes que experimentam palpitações não necessariamente sofrem de arritmia ou taquicardia, mas é crucial investigá-los considerando diversos fatores.

Ele também ressalta que a taquicardia pode ocorrer de forma fisiológica, como resposta natural do corpo a estímulos como susto ou estresse.

“A taquicardia é um termo médico que descreve uma frequência cardíaca acima de 100 batimentos por minuto. Entre suas causas, estão situações comuns como exercício físico e ansiedade, tornando a aceleração cardíaca uma resposta natural do organismo”, diz.

Além disso, o membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular sublinha que a busca por orientação médica e a realização de exames adequados são passos essenciais para diagnosticar e gerenciar essas condições de forma precisa e eficaz, uma vez que esses casos – acompanhados de desmaios, tontura, confusão mental e desconforto no peito – podem indicar situações mais graves que podem levar a morte.

Sintomas

Alexandre Cotrim Adas, médico cardiologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, explica que os principais sintomas são moleza, fadiga, sonolência, hipotensão, sintomas de turvações visuais e até desmaios.

Qual o tratamento indicado?

“O tratamento indicado varia muito, porque a bradicardia possui um diagnóstico muito amplo. Essas bradicardias podem ser simplesmente algo relacionado ao ritmo normal do coração, mas que apenas está batendo de maneira mais lenta”, explica Adas.

Segundo o médico, às vezes pacientes muito jovens ou pacientes atletas costumam ter já batimentos cardíacos mais baixos. Outras, o uso de medicações, como antidepressivos, beta-bloqueadores e remédios para arritmia podem ajudar a baixar uma frequência cardíaca.

“Distúrbios de tireoide, como por exemplo, um hipotireoidismo, podem causar bradicardia. Existem alguns casos mais complexos em que essas bradicardias são na realidade bradiarritmias, como os bloqueios atroventriculares”, diz.

O profissional explica que dependendo do grau de bloqueio, o tratamento indicado pode ser até a implantação do marca-passo.

“É preciso identificar a causa. Esse pode ser um diagnóstico complexo que demanda exames específicos. A partir disso, o médico pode avaliar o sintoma e fazer a indicação correta do melhor tratamento”, conta.

Quais são os meios de prevenção para a condição?

“É um pouco complicado falar em prevenção da bradicardia, mas basicamente o mais importante é se hidratar bem, ter as suas comorbidades e suas doenças atuais controladas, verificar se os seus medicamentos estão corretos e na dose certa”, diz. E continha:

“É preciso verificar se não há nenhum distúrbio orgânico acontecendo, principalmente da questão de exames de tireoide e de eletrólitos como cálcio, magnésio e potássio”, finaliza o médico.

 

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