Síndrome rara faz jovem de 24 anos ser ‘metade adulto e metade criança’

Caron Mills, de 24 anos, enfrenta uma verdadeira luta contra uma síndrome rara que faz com que metade do seu corpo não cresça.

Tornando a jovem “metade adulta e metade humana”, a Síndrome de Poland já levou a jovem a passar por oito cirurgias na mama e quatro na mão para tentar corrigir a condição. 

Síndrome rara faz jovem ser metade adulto e metade criança

Síndrome rara deixa jovem metade adulto e metade criança – Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal/ND

Síndrome rara e a aceitação

Na intetnet, no entanto, ela diz que, recentemente, aceitou-se como é e não tentará mais mudar.

“Crescendo, sofri bullying e fui provocada. Mas ter a Síndrome de Poland me deu uma visão totalmente nova da vida. Sei como é ser um outsider [pessoa que não pertence a um grupo] e quero ter certeza de que ninguém mais se sinta sozinha como eu”, conta.

Como veio o diagnóstico da Síndrome de Poland?

Caron teve seu diagnóstico confirmado após o nascimento. Na época, os médicos notaram que sua mão, braço e tórax eram todos menores do lado direito do seu corpo.

“Os médicos nunca tinham ouvido falar, tiveram que pesquisar minha condição antes de chegar ao diagnóstico. Como se sabia muito pouco sobre isso, não havia conselhos ou apoio”, diz. E continua:

“Meus pais eram compreensivelmente cautelosos sobre eu aprender a nadar ou andar de bicicleta porque estavam muito preocupados com o fato de eu sofrer um acidente, e não havia orientação para eles”, fala.

Caron enfrentou desafios desde cedo. Com um braço frágil que quebrou três vezes e passou por várias fraturas, precisou se adaptar usando talheres e canetas especiais, até mesmo aprendendo a escrever com a mão esquerda.

Foi no ensino médio que enfrentou um tipo diferente de luta, quando seu seio direito não se desenvolveu, fazendo com que ela fosse alvo de bullying.

Jovem com síndrome rara conta a sua história nas redes sociais

Nas redes sociais, jovem conta a sua história com a síndrome rara – Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal/ND

Os colegas não deixavam passar despercebida a diferença entre seus lados, fazendo comentários maldosos que a magoavam. Mesmo após deixar a escola, Caron cruzou novamente com essas pessoas, mas optou por não guardar ressentimentos.

Seu maior desejo era simplesmente se encaixar, como qualquer adolescente. Por isso, ao frequentar a praia ou nadar, escondia-se por completo, usando roupas de mangas compridas para esconder seu peito e sua mão.

A preocupação de nunca encontrar um amor era constante, levando-a a esconder suas diferenças e a desejar profundamente ser aceita como ela era.

Aos 15 anos, Caron enfrentou sua primeira cirurgia de implante mamário, que infelizmente se rompeu após apenas quatro meses. Determinada, aos 16 anos, tentou novamente, conseguindo um implante que durou dois anos. No entanto, aos 19 anos, várias operações reconstrutivas não trouxeram os resultados esperados.

Ela ainda passou por uma cirurgia nos músculos e nervos da mama. Somente no último verão, aos 23 anos, Caron obteve sucesso com mais implantes.

Apesar das dores e dos períodos de ausência na escola e faculdade, ela finalmente se sente satisfeita com a aparência de seu peito. Sentindo-se feminina, atraente e, acima de tudo, feliz em sua própria pele.

O que é a Síndrome de Poland?

Segundo o site do médico e cirurgião plástico Rafael Zatz, alguns indivíduos nascem com uma condição chamada Síndrome de Poland, que afeta o tórax e a região peitoral.

Síndrome rara causa alterações no corpo humano

A primeira imagem mostra uma pessoa sem e a segunda com a síndrome de Poland – Foto: Reprodução/MDS/ND

Esta síndrome pode variar em gravidade, desde uma discrepância sutil entre as mamas até a ausência parcial ou total de costelas e músculos peitorais. É mais comum em homens do que em mulheres e tende a afetar mais o lado direito do tórax.

Esta deformidade congênita não pode ser tratada com medicamentos e geralmente requer intervenção cirúrgica para correção. Vamos simplificar e explicar separadamente para ambos os sexos.

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