Presidente do Samae presta esclarecimentos na Câmara de Blumenau

O diretor-presidente do SAMAE, André Espezim, compareceu na sessão ordinária da Câmara de Blumenau nesta quinta-feira, 29,  atendendo à convocação feita através do Requerimento nº 243/2024, de autoria do vereador Ailton de Souza – Ito (PL). O motivo era prestar esclarecimentos sobre os constantes problemas de abastecimento de água na cidade.

Espezim iniciou sua fala respondendo aos questionamentos constantes no requerimento de convocação. Apontou como justificativas para a constante falta de água na cidade o alto consumo,  somado à alta turbidez da água.

Explicou que quando há turbidez, é necessário parar de tratar a água fazer essa limpeza do excesso de lodo presente na água captada. Também apontou que os contratos de manutenção da rede de distribuição de água tiveram questionamentos judiciais e administrativos, o que trouxe dificuldades para a autarquia. Ainda disse que apesar de os presidentes anteriores já terem licitado a revitalização de todas as ETAs – a última foi construída em 1997 –, chegou-se a um ponto em que os equipamentos que lá estão não atendem ao crescimento populacional da cidade.

Informou que no médio prazo, uma das medidas adotadas será a execução do projeto de revitalização das quatro ETAs. Acrescentou que no momento adequado, a Prefeitura vai anunciar os próximos  investimentos na autarquia. Disse que nesse momento as equipes de manutenção e reposição de lajotas estão completas; falou sobre o trabalho de geofonamento da rede em busca de vazamentos ocultos; disse que a ampliação da captação da ETA II está em fase de contratação, apontou que a ETA IV apresentou problemas que já estão sendo consertados pela fábrica e apontou que já foram adquiridos equipamentos para melhoria na filtragem da água na ETA II. Frisou que está em andamento a licitação para a aquisição de sete caminhões-pipa, no valor de mais de R$ 3,9 milhões, a fim de atender as pontas da rede de abastecimento.

A respeito da possibilidade de bombear a água tratada na ETA III (sul da cidade) para a região norte, disse que esse trabalho já é feito ao menos uma vez por dia, mas não com tanta qualidade pela falta de equipamentos adequados. Apontou que está sendo feito um projeto para melhoria dessa questão e que o investimento necessário é de R$ 1,5 milhão.

A respeito da possibilidade de aplicação de desconto na fatura das economias atingidas pela falta de água, afirmou que a autarquia possui equipamentos que identificam a falta de água em uma região, mas não é possível saber quais unidades ficaram sem água, uma vez que alguns imóveis possuem caixas d’água. Informou que o Samae faz o processo de ressarcimento dos usuários em caso de prejuízos. Explicou ainda que é necessária a cobrança da taxa mínima de água, ainda que o usuário não tenha consumido ou recebido da rede 10m3, pois esse custo fixo não é referente somente à água consumida, mas é calculado para custear o sistema e os investimentos do ente público para a disponibilização da água até a unidade consumidora.

Em seguida respondeu perguntas dos vereadores sobre investimentos na rede, contratos da autarquia, serviços de colocação de lajotas, atendimento telefônico à comunidade e sobre abastecimento em locais específicos, entre outros assuntos.

Fonte: da redação, com informações da CMB

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