Tio Paulo: relembre casos semelhantes de homens levados mortos a bancos

O chocante caso do “Tio Paulo”, levado morto por uma sobrinha a um banco para solicitar um empréstimo de R$ 17 mil, vem repercutindo em todo o Brasil.

Tio Paulo foi levado morto ao banco

Além do caso do “Tio Paulo”, pelo menos outros dois semelhantes aconteceram no Brasil. – Foto: Montagem/ND

A mulher, identificada como Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, levou o tio morto a uma agência bancária na zona oeste do Rio. O caso ganhou repercussão na terça-feira (16). Érika foi autuada por vilipêndio de cadáver e furto mediante fraude.

A situação chamou a atenção dos funcionários do banco quando perceberam que o homem, identificado como Paulo Roberto Braga, de 68 anos, não apresentava sinais vitais.

O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e confirmou o óbito do idoso.

Relembre casos semelhantes ao do “Tio Paulo”

Mas o “Tio Paulo” não foi o único. Outros casos semelhantes aconteceram no Brasil. Dois homens também foram levados mortos a agências bancárias. Relembre abaixo:

Em março de 2021, em uma agência bancária em Vila Nova, em Goiânia, uma mulher, que a identidade segue sendo anônima, levou o corpo do seu ex-marido, já morto, para tentar acessar seus benefícios.

Mulher levou ex-marido morto ao banco para tentar acessar seus benefícios. – Foto: Divulgação/ND

O caso chamou a atenção do gerente do banco, que acionou a Polícia Militar. Conforme a polícia da época, a mulher chegou a agência bancária com o corpo do ex-marido em uma cadeira de rodas. Ele estava virado de costas para o atendente e ela tentou realizar um saque.

O portal Mais Goiás teve acesso às imagens da câmera de segurança na época, a qual mostrava o homem morto posicionado na entrada da agência.

Quando as autoridades chegaram ao local, a mulher fugiu. O Corpo de Bombeiros confirmou que o homem havia morrido de causas naturais e sofreu uma parada cardiorrespiratória.

Outro caso semelhante em 2020

No mês de outubro de 2020, outro caso semelhante aconteceu. Desta vez em Campinas, São Paulo. Uma mulher levou um idoso de 92 anos morto a uma agência bancária. Ela era companheira do homem e tentava fazer a prova de vida e sacar a aposentadoria do idoso.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e constatou que o idoso já estava morto há algum tempo. Ele foi identificado como o policial civil aposentado Laércio Della Colleta.

A mulher, identificada como Josefa de Souza Mathias, de 58 anos, conseguiu se livrar da denúncia na Justiça e conquistou o direito de receber pensão por morte.

A promotoria do MP (Ministério Público) pediu o arquivamento do inquérito, uma vez que entendeu não haver “ocorrência de crimes”. Sobre a tentativa de furto contra o idoso, o MP entendeu ser “crime impossível”, uma vez que ele já estava morto quando a mulher tentou sacar a aposentadoria.

Sobre a violação de cadáver, o MP também compreendeu não haver crime, porque a intenção da mulher teria sido fazer o saque do valor utilizando o cadáver. O arquivamento foi aceito pela 5ª Vara de Justiça de Campinas.

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