Peregrinos vieram a Roma para participar da beatificação de Floribert Bwana Chui assassinado, em Goma, em 8 de julho de 2007
Da Redação, com Vatican News

Papa Leão XIV acena para fiéis na Praça São Pedro / Foto: Alessia Giuliani/IPA/Sipa USA via Reuters Connect
Nesta segunda-feira, 16, o Papa Leão XIV recebeu em audiência, no Vaticano, os peregrinos da República Democrática do Congo que foram a Roma para participar da beatificação de Floribert Bwana Chui assassinado, em Goma, em 8 de julho de 2007. A missa de beatificação foi celebrada na Basílica de São Paulo Fora dos Muros pelo prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, Cardeal Marcello Semeraro, na tarde do domingo, 15.
O Pontífice iniciou o seu discurso saudando os bispos presentes, em particular os da República Democrática do Congo, incluindo o bispo de Goma, diocese onde viveu o novo beato. Saudou também a mãe e a família do Beato Floribert, bem como a Comunidade de Santo Egídio, à qual ele pertencia.
A seguir, recordou o novo beato com as palavras do Papa Francisco dirigidas aos jovens de Kinshasa, no “Estádio dos Mártires”, em 2 de fevereiro de 2023, durante sua viagem apostólica à República Democrática do Congo.
“Ser honesto é brilhar de dia, é difundir a luz de Deus, é viver a bem-aventurança da justiça: vencer o mal com o bem! De onde um jovem tirou forças para resistir à corrupção, enraizada na mentalidade vigente e capaz de qualquer violência? A escolha de manter as mãos limpas (ele era funcionário da alfândega) amadureceu numa consciência formada pela oração, pela escuta da Palavra de Deus, pela comunhão com os irmãos”, frisou.
Leão XIV acrescentou que Floribert Bwana Chui viveu a espiritualidade da Comunidade de Santo Egídio, que o Papa Francisco resumiu em três palavras: oração, pobres e paz.
“Os pobres foram decisivos em sua vida. A força de Floribert cresceu em sua fidelidade à oração e aos pobres. Um amigo recorda: «Ele estava convencido de que nascemos para fazer grandes coisas, para incidir na história, para transformar a realidade». Ele era um homem de paz”, ressaltou.
Segundo o Pontífice, o jovem Floribert, tinha um sonho, alimentado pelas palavras do Evangelho. “Muitos jovens se sentiam abandonados e sem esperança, mas Floribert ouviu a palavra de Jesus: ‘Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós’. Nenhuma terra é abandonada por Deus!”, salientou.
“Floribert convidou os seus amigos a não se resignarem e a não viverem para si mesmos. Tinha confiança no futuro”, disse ainda Leão XIV, recordando o que disse o novo beato: “O Senhor está preparando um mundo novo, onde a guerra deixará de existir, o ódio será extinto, a violência já não aparecerá como um ladrão na noite, as crianças crescerão em paz. Sim, é um grande sonho. Não vivamos, portanto, por aquilo que não vale a pena. Vivamos, em vez disso, para este grande sonho!”, expressou.
Por fim, o Papa ressaltou o testemunho autêntico do mártir africano. “Este leigo congolês destaca o valor precioso do testemunho dos leigos e dos jovens. Que então, pela intercessão da Virgem Maria e do Beato Floribert, a tão almejada paz no Kivu, no Congo, e em toda a África se torne realidade em breve!”, concluiu.
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