O vereador Bruno Cunha (Cidadania) vive um período de indefinições por conta das articulações da política nacional, com partidos discutindo fusões, incorporações e federações. O vereador mais votado de Blumenau está com os dois pés no MDB, de olho em 2026, mas entra em compasso de espera porque precisa ter cuidado para não ter seu mandato contestado.
Na semana passada, recebeu em Blumenau Plínio Comte Bittencourt, presidente nacional do Cidadania. O objetivo foi o de atualizar o vereador sobre as negociações que ocorrem entre o partido e outras siglas para a possibilidade de federações e fusões, uma vez que foi encerrada a federação que unia o Cidadania ao PSDB.
Havia uma tratativa de fusão entre PSDB e Podemos, o que liberaria Bruno para mudar de sigla, ele que foi eleito pela Federação PSDB-Cidadania. Como a negociação não avançou, ele busca outras alternativas, mas recebeu um pedido do presidente nacional para que permaneça no partido.
“Recebo com muita gratidão e respeito a visita do presidente Comte, uma liderança nacional comprometida com o fortalecimento do nosso partido. Fico honrado com o reconhecimento e com a disposição manifestada para que permaneça no Cidadania. Sempre terei disposição para o diálogo, mas também acredito que é essencial manter coerência com os princípios que defendo e represento. Entre as possibilidades colocadas está uma federação com o PSB, partido ligado diretamente ao ex-presidente Lula. Embora respeite esse campo político, acredito que essa aliança se afasta da linha de centro independente que venho construindo com transparência e responsabilidade. Seguiremos ouvindo a sociedade e avaliando os caminhos com serenidade, sempre pautados pelo compromisso com a verdade e o equilíbrio.”
Bruno até poderia ficar no Cidadania, mas depende para onde o partido vá. Além do PSB, partido que elegeu o vice Geraldo Alckmin na chapa de Lula (PT), existe também uma conversa com o MDB, o que facilitaria muito as coisas, pois é o destino político encaminhado por Bruno Cunha.
Outra possibilidade é a liberação legal pelas instâncias partidárias, da municipal à nacional, e isso acontece por convencimento político, que pode vir de padrinhos importantes conversando com a liderança maior do Cidadania.
Como quer ser candidato a deputado estadual, Bruno Cunha corre contra o tempo para encontrar uma sigla que torne a candidatura dele viável.
