Mundo Levará 123 Anos para Fechar a Lacuna de Gênero

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Apesar de avanços discretos, o mundo ainda levará 123 anos para atingir a paridade total de gênero, segundo o Global Gender Gap Report 2025, divulgado esta semana pelo Fórum Econômico Mundial. O relatório, que monitora a evolução da igualdade desde 2006, aponta que 68,8% da lacuna global foi fechada, um ganho tímido de 0,3 ponto percentual em relação a 2024.

O Brasil aparece com paridade geral de 72% em 2025, subindo levemente em relação aos 71,6% do ano anterior. No ranking global, o país ocupa a 72ª posição — caiu duas posições desde 2024, quando estava em 70º lugar.

No quesito educação, o Brasil alcançou 100% de igualdade de gênero, avançando desde os 99,6% de 2024 e saltando da 54ª para uma posição de paridade total. Entre as 148 economias analisadas, 35 atingiram igualdade plena na educação em 2025.

Já na saúde e sobrevivência, o país caiu da 1ª para a 28ª posição, com índice passando de 98% para 97,7%.

A igualdade econômica também teve recuo, de 66,7% para 66,2%, e a posição caiu do 88º para o 96º lugar. Em cargos de liderança sênior, a participação feminina diminuiu de 66,1% para 65%.

A equidade salarial segue preocupante, com apenas 53,4% e o Brasil na 118ª posição.

A participação feminina na força de trabalho se manteve em 72,6%, ainda 4,5 pontos abaixo do melhor desempenho do país, registrado em 2021 (77,2%).

Na política, houve um pequeno avanço: Brasil melhorou de 74º para 70º lugar e seu índice subiu de 22% para 24% — porém, ainda está abaixo dos 26,3% de 2023.

Top 10 países no ranking de igualdade de gênero

A Islândia segue liderando pelo 16º ano consecutivo, única economia com mais de 90% de paridade (92,6%). Todos os países do top 10 fecharam mais de 80% do gap de gênero.

  1. 1. Islândia — 92,6%
  2.  2. Finlândia — 87,9%
  3. 3. Noruega — 86,3%
  4. 4. Reino Unido — 83,8%
  5. 5. Nova Zelândia — 82,7%
  6. 6. Suécia — 81,7%
  7. 7. República da Moldávia — 81,3%
  8. 8. Namíbia — 81,1%
  9. 9. Alemanha — 80,3%
  10. 10. Irlanda — 80,1%

Espanha (12ª, 79,7%) e Nicarágua (18ª, 78,3%) saíram do top 10, enquanto Reino Unido e Moldávia subiram 10 e 6 posições, respectivamente, para entrar no grupo.

A região da América Latina e do Caribe registrou o maior avanço desde 2006, com um salto de 8,6 pontos percentuais, atingindo 74,5% de paridade geral. A equidade econômica chegou a 65,6%, impulsionada pela participação na força de trabalho e cargos profissionais, e a região apresentou a segunda maior pontuação em empoderamento político (35,0%).

O Índice Global de Disparidade de Gênero acompanha, desde 2006, a paridade em quatro dimensões: participação econômica, política, educação e saúde. A nota, numa escala de 0 a 100, indica o percentual da lacuna de gênero que já foi fechada.

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