

Alesp registrou ameaças por e-mail às deputadas da Casa no dia 31 de maio – Foto: Rodrigo Romeo/Alesp/ND
O Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), da Polícia Civil de São Paulo, assumiu nesta quarta-feira (11) as investigações sobre as ameaças por e-mail às deputadas estadual da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), por meio da DCCiber (Divisão de Crimes Cibernéticos). As parlamentares foram informadas por e-mail da abertura do inquérito.
No dia 31 de maio, a Alesp registrou ameaças por e-mail às deputadas da Casa. Cerca de 10 parlamentares receberam o material, com agressões a toda a bancada, que ocupa 24 das 94 cadeiras. O material contém mensagens racistas, misóginas, capacitistas, e ameaças de agressão, estupro e morte das parlamentares e de um adolescente. Algumas foram nominalmente citadas.
No dia 2 de junho, há nove dias, as parlamentares protocolaram notícia-crime sobre o episódio. “Nossa maior expectativa é que a Polícia chegue logo ao autor ou autores desse crime, pois seguimos trabalhando, naturalmente expostas pela atividade pública que desempenhamos, e quase duas semanas depois, ainda não temos respostas”, afirmou a deputada Andréa Werner, líder do PSB na Casa e uma das quatro parlamentares nominadas no texto do e-mail.

Deputada estadual Andréa Werner (PSB) espera resultados prática de estudo de segurança da Alesp e das investigações da polícia – Foto: Rodrigo Romeo/Alesp/ND
Na mesma semana, a polícia recebeu uma denúncia anônima de ameaça contra a vereadora Cris Monteiro (Novo), da Câmara de São Paulo, durante evento do seu mandato. Uma pessoa estaria armada de faca entre o público para esfaquear a parlamentar. A segurança foi reforçada, mas não foi localizado ninguém armado.
Ameaças por e-mail às deputadas
Depois do caso, a Alesp recebeu uma reunião com representantes das Polícias Civil e Militar. No mesmo dia, 2 de junho, a Polícia Civil apreendeu um computador e um celular na casa de um homem de 28 anos, suspeito de ser o autor das ameaças por e-mail às deputadas.

Presidente da Alesp, André do Prado (PL), recebeu deputadas após os ataques – Foto: Reprodução/Redes Sociais
O caso, agora, passa a ser investigado pela DDCiber, especializada em crimes cibernéticos. O inquérito será presidido pelo delegado Vitor Franchini Luna.
A Alesp começou a elencar pontos vulneráveis de segurança em um documento que será entregue pelas forças policiais à presidência da Casa. Segundo nota da deputada, “de prático, as deputadas ainda aguardam o que resultará desse tipo de iniciativa”, diz trecho.