Polícia Civil indicia Roberto Salum por assédio sexual e mais dois crimes

O ex-diretor do Procon-SC e comunicador Roberto Salum foi indiciado pelos crimes de assédio sexual, importunação sexual e porte ilegal de arma de fogo. A informação foi dada nesta sexta-feira (12) pela Polícia Civil que concluiu dois inquéritos e os remeteu à Justiça.

Roberto Salum foi indiciado por três crimes

Roberto Salum conversou com uma vigilante do Procon-SC – Foto: Divulgação/ND

Com relação ao inquérito instaurado junto a Dpcami (Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso) da Capital, Salum foi indiciado pelos crimes previstos nos artigos 215-A (assédio sexual) e 216-A (importunação ofensiva do pudor), ambos do Código Penal; e o artigo 16, por porte ilegal de arma de calibre restrito.

De acordo com uma nota encaminhada pela Polícia Civil, há pouco, foram ouvidas 12 pessoas, além de relatórios técnicos da investigação.

Roberto Salum investigado na 1ª DP

Além da denúncia de assédio sexual registrado por uma funcionária terceirizada com menos de um mês de função, a Polícia Civil abriu um outro procedimento para apurar crimes contra a honra e intimidação praticadas pelo ex-diretor.

Em meio as oitivas da polícia, foram anexadas 16 denúncias e reclamações registradas na Ouvidoria do Estado de Santa Catarina. Todas elas documentaram a prática reiterada de atos de intimidação e pressão psicológica contra os servidores do Procon-SC.

Ainda de acordo com a polícia, “restou claro que, o investigado estava armado por diversas vezes, de forma velada, e em outras de forma ostensiva, sem a devida autorização para o porte”.

Espaço aberto

A Coluna Bom Dia entrou em contato com o advogado de defesa de Roberto Salum e até a publicação da matéria, não havia atendido. O espaço seguirá aberto para qualquer posicionamento.

Escândalo no Procon

A informação da denúncia foi publicada com exclusividade pela Coluna Bom Dia, no final de abril, onde revelou o registro de uma funcionária contra o então diretor, Roberto Salum.

A mulher de 30 anos registrou um Boletim de Ocorrência onde o acusado, seu superior, insistiu para que fossem até o Centro Administrativo, sede do governo, de carona.

A mulher ainda admitiu que aceitou devido a insistência do acusado. Ao estranhar o percurso escolhido pelo acusado, a servidora perguntou e ouviu que ele precisava passar em casa, em Palhoça.

Foi lá que o “chefe” pediu um beijo e, diante da recusa, a agarrou e a beijou à força.

O episódio envolvendo a funcionária que estava há 15 dias no cargo revoltou colegas de trabalho e causou grande desconforto pelos bastidores do Centro Administrativo.

 

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